Como vivemos na capital do estado mais novo da união, oportunidades para vivenciar o dia-a-dia de nossas instituições públicas, devem se tornar mais comuns. Lembro-me quando os alunos da Escola Estadual da Vila União visitaram a Assembleia Legislativa, para acompanhar um período de sessão e compreender melhor como se dá o trabalho parlamentar em 2018, recentemente o Colégio Dom Bosco fez o mesmo. Muitos jovens de nossas escolas chegam à maioridade com muitas incertezas do futuro, por causa da quantidade de possibilidades a serem escolhidas como profissão, mas, pouca vivência e contato com elas. Nesse sentido, essas ações aproximam crianças de uma realidade profissional, que ao mesmo tempo, também servirá para sua formação enquanto cidadão e eleitor.
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Na última sexta-feira o Colégio Batista de Palmas realizou no auditório da Assembleia Legislativa uma simulação da assembleia geral da ONU, com as turmas do 9º ano, onde os alunos puderam representando cada país que compõe a ONU discursar sobre a realidade que cada nação está vivendo atualmente, o tema geral discutido foi “A possível recessão da economia”. Ações como esta desenvolvem nos estudantes o senso de argumentação, discussão e acordos políticos, sem falar na oportunidade de conhecer mais a fundo um dos assuntos que compõem a disciplina de geografia, de maneira prática.
Para um jovem que está concluindo uma caminhada de quase 14 anos na escola, com diversos conteúdos, atividades e avaliações, decidir agora qual curso ele gastará mais uns 4 anos de sua vida estudando para a sua futura profissão é uma tarefa muito complexa (e cruel). Por outro lado, se este mesmo indivíduo ao longo de sua jornada foi tendo contato com diversas áreas de atuação, seja por experiência extracurricular, seja por atividades práticas de conteúdos escolares, a probabilidade de ele ter mais segurança é bem maior e mais reconfortante.
Já foram propostas por diversas vezes conteúdos escolares que contemplem também educação política para que os alunos, desde o início da jornada escolar, saibam exatamente a função dos líderes políticos, suas responsabilidades e a importância de se ter consciência na escolha destes. Sabemos que os bons profissionais do futuro mercado de trabalho, da política e da educação estão hoje nas salas de aula, sendo formados, e a maneira com a qual eles atuarão dependerá de como esta formação está se dando, não se aprende a construir um bom argumento sem que primeiros passemos pelos argumentos fracos, os primeiros passos são importantes para caminharmos melhor.
Se deixarmos a política apenas aos políticos, as profissões aos profissionais, novamente colocaremos adultos inseguros para exercer funções sem o mínimo de preparo prévio.