O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou nesta segunda-feira (18) que a inclusão da taxação de super-ricos na declaração final do G20 representa um marco significativo para o Brasil. Segundo ele, o tema foi uma das prioridades do país ao longo do ano.
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“Estamos confiantes de que, pela primeira vez, uma cúpula do G20 trará uma resolução que reconheça a necessidade da taxação dos super-ricos”, afirmou o ministro durante entrevista ao Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A proposta, defendida pelo Brasil, busca promover maior justiça fiscal em âmbito global, colocando o país em evidência nas discussões econômicas internacionais.
O ministro Paulo Pimenta também afirmou que o Brasil já conseguiu deixar um legado em sua gestão à frente do G20: a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada hoje, na abertura da cúpula do grupo.
“Uma das críticas que muitas vezes surgem nesses fóruns internacionais é a falta de resultados concretos. A criação da Aliança já é um resultado. Ela possui uma agenda, financiamento e objetivos. Evidentemente, isso é uma marca importante da esperança e do legado do Brasil no G20”, declarou.
A aliança já conta com a adesão de 82 países. A proposta foi idealizada pelo Brasil visando acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entre os países que já aderiram estão todos os integrantes do G20. Apenas a Argentina não havia anunciado sua adesão até a manhã desta segunda-feira, mas o país decidiu participar de última hora, tornando-se um dos fundadores do grupo.
Além dos países, também aderiram à iniciativa as uniões Europeia e Africana, que são membros do bloco, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.
A Aliança Global tem como meta alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030. Planeja também expandir refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em regiões com pobreza infantil e fome endêmicas, além de arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.
A Aliança terá uma governança própria vinculada ao G20, mas não será restrita às nações que integram o grupo.
A administração será conduzida por um Conselho de Campeões e pelo Mecanismo de Apoio. O sistema de governança deverá estar operacional até meados de 2025. Até lá, o Brasil fornecerá suporte temporário para funções essenciais.
Veja a lista dos países e organizações que aderiram à Aliança:
1. Alemanha
2. Angola
3. Antígua e Barbuda
4. África do Sul
5. Arábia Saudita
6. Armênia
7. Austrália
8. Bangladesh
9. Benin
10. Bolívia
11. Brasil
12. Burkina Faso
13. Burundi
14. Camboja
15. Chade
16. Canadá
17. Chile
18. China
19. Chipre
20. Colômbia
21. Dinamarca
22. Egito
23. Emirados Árabes Unidos
24. Eslováquia
25. Estados Unidos
26. Espanha
27. Etiópia
28. Federação Russa
29. Filipinas
30. Finlândia
31. França
32. Guatemala
33. Guiné
34. Guiné-Bissau
35. Guiné Equatorial
36. Haiti
37. Honduras
38. Índia
39. Indonésia
40. Irlanda
41. Itália
42. Japão
43. Jordânia
44. Líbano
45. Libéria
46. Malta
47. Malásia
48. Mauritânia
49. México
50. Moçambique
51. Myanmar
52. Nigéria
53. Noruega
54. Países Baixos
55. Palestina
56. Paraguai
57. Peru
58. Polônia
59. Portugal
60. Quênia
61. Reino Unido
62. República da Coreia
63. República Dominicana
64. Ruanda
65. São Tomé e Príncipe
66. São Vicente e Granadinas
67. Serra Leoa
68. Singapura
69. Somália
70. Sudão
71. Suíça
72. Tadjiquistão
73. Tanzânia
74. Timor-Leste
75. Togo
76. Tunísia
77. Turquia
78. Ucrânia
79. Uruguai
80. Vietnã
81. Zâmbia
82. Argentina
83. União Africana
84. União Europeia