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Cepea, 8/11/2021 – Análise realizada pela revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o faturamento com os embarques brasileiros de frutas pode, enfim, atingir US$ 1 bilhão em 2021 – patamar que o setor busca alcançar desde o início dos anos 2000.
Segundo as pesquisadoras do Cepea responsáveis pela matéria de capa desta edição de novembro, Fernanda Geraldini e Marcela Barbieri, as principais frutas exportadas pelo País vêm registrando volumes elevados de embarques e algumas (como limões e limas, mamões, mangas, melancias e uvas) já atingem quantidades recordes.
Vale lembrar que, em 2020, mesmo diante de muitas incertezas por conta da pandemia, o desempenho do setor exportador de frutas já havia sido bastante positivo, chegando bem perto da meta – a receita arrecadada naquele ano foi de US$ 935,4 milhões, conforme a Secex.
Agora, em 2021, os dados parciais de embarques (até setembro) indicam que a performance brasileira está ainda melhor que a do ano passado. O volume total de frutas frescas brasileiras enviadas ao exterior até setembro – considerando-se frutas, cascas de frutos cítricos e melões – é recorde para o período, totalizando 737,1 mil toneladas, com o faturamento somando pouco mais de US$ 695 milhões, de acordo com dados da Secex. As pesquisadoras do Cepea ressaltam que os embarques de muitas frutas brasileiras e que são importantes na pauta de exportação – como manga, melão, melancia e uva – tendem a ser intensificados a partir de setembro, o que, por sua vez, deve contribuir para o cumprimento da meta.
Em 2021, além da demanda internacional aquecida e do dólar elevado, os embarques brasileiros de frutas são reforçados pelo cenário doméstico. Do lado da demanda, com muitos consumidores brasileiros enfrentando sérias restrições de renda, produtores que têm a oportunidade de exportar têm priorizado essa alternativa. Do lado da oferta, diferentemente de 2020, o clima neste ano tem sido favorável para algumas das frutas exportadas (como manga, uva e maçã), graças ao aumento da produtividade e da qualidade, que permite maiores vendas.
Porém, exportadores brasileiros enfrentaram – e ainda enfrentam – muitos desafios neste ano. Os custos de produção têm se elevado consideravelmente, assim como os logísticos (diante da escassez de contêineres e da alta no frete marítimo). Além disso, em alguns setores, houve falta de materiais para embalagens (que estão mais caros).
Você também encontra nesta edição:
ALFACE – Chuvas elevam reservatórios e reduzem a oferta nas praças do Sudeste
BANANA – Com demanda fraca, preços recuam em outubro
BATATA – Média de outubro é a maior da safra de inverno 2021
CEBOLA – Chuva compromete produção, e valores sobem em SP e no Cerrado
CENOURA – Chuva beneficia produção e qualidade em MG e GO
CITROS – Preço da laranja pera fica próximo dos R$ 50/cx
MAÇÃ – Preço da fuji, que estava defasado frente à gala, sobe
MAMÃO – Clima aumenta oferta, mas reduz qualidade no Norte do ES
MANGA – Com nova desvalorização da tommy, prejuízo se intensifica no Vale
MELANCIA – Colheita se desacelera em Uruana (GO), e preços sobem
MELÃO – Exportações estão menores em outubro frente ao ano passado
TOMATE – Média de outubro é recorde no ano
UVA – Com oferta elevada, preços das brancas sem semente seguem em queda
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ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado de hortifrúti aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com a pesquisadora Margarete Boteon: [email protected].