Autoridades policiais da Holanda e do Reino Unido, em cooperação com a Europol e a Eurojust, anunciaram esta semana a prisão de seis indivíduos acusados de aplicar golpes on-line para roubar criptomoedas. A quadrilha, formada por cinco homens e uma mulher, teria roubado mais de 24 milhões de euros (mais de R$ 100 milhões).
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A investigação durou 14 meses e as prisões foram realizadas em uma operação conjunta com agentes em cinco localidades: Staverton, Charlcombe e Lower Weston no Reino Unido, e Amsterdã e Roterdã na Holanda.
As autoridades estimam que o grupo fez ao menos 4 mil vítimas em 12 países e que esse número deve aumentar com a descoberta de novas informações.
A Europol não divulgou nomes, idades ou fotos dos acusados.
Como era a fraude
O golpe era realizado por meio de “typosquatting”. Nesse tipo de fraude, o golpista cria um site de nome muito semelhante ao endereço verdadeiro de algum serviço e clona a página verdadeira. As vítimas caem no golpe ao cometer um erro de digitação e chegar no site errado, que será idêntico ao verdadeiro. A ideia é substituir as letras nos endereços por outras letras ou símbols parecidos, como “l” (L minúsculo) por I (i maiúsculo), ou até “m” por “n”.
Em alguns casos, ataques de typosquatting podem ser potencializados com anúncios on-line. A semelhança no endereço confunde a vítima, que clica no anúncio sem saber que está indo para um site falso.
Criptomoedas podem ser administradas em carteiras locais, no próprio computador ou celular, mas isso requer cuidados, pois o arquivo da carteira não pode ser perdido.
Para facilitar, muitos serviços na web oferecem ferramentas para que quem possui Bitcoin ou outras criptomoedas possa administrar sua carteira on-line. Quando a senha de acesso a esses serviços é roubada, um criminoso pode entrar na conta da vítima e transferir o dinheiro —exatamente como ocorre com um banco tradicional.
Ataques desse tipo contra usuários de criptomoedas, com estimativas de prejuízos milionários, já foram divulgados por especialistas em segurança, mas não se sabe se os indivíduos presos na Europa têm alguma relação com essas fraudes já conhecidas.
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