Tocantins – Na manhã desta quarta-feira, 30, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 6ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso), deflagrou a Operação Intermédio, dando cumprimento a três mandados de busca e apreensão na cidade de Cuiabá (MT), em endereços ligados a suspeitos de praticarem crime de estelionato contra um morador de Paraíso do Tocantins.
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A Operação, que contou com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso, resultou na apreensão de objetos relacionados ao crime e a uma motocicleta supostamente adquirida com o dinheiro de um golpe aplicado contra uma vítima de Paraíso, no último mês de julho.
Segundo as investigações policiais o golpista entrava em contato com uma pessoa que estava anunciando um veículo em uma plataforma de vendas online, solicitava fotos e vídeos do carro/moto e, em seguida, criava outro anúncio sem o conhecimento do anunciante original, com um valor bem abaixo, atraindo o interesse das vítimas. Após retornava contato com o anunciante original e dizia que uma pessoa iria olhar o carro e pagar um valor maior, mas pedia para não conversar sobre valores.
Diante da suposta credibilidade do anúncio, uma vez que o veículo foi visto pessoalmente e confirmada a sua existência, o dono do carro e a vítima vão ao cartório, fazem a transferência do veículo, bem como a vítima faz transferência do dinheiro para o golpista, acreditando estar comprando o carro, e o dono do veículo pensa que está recebendo, mas quando discutem sobre a transferência descobrem que caíram em um golpe. Em seguida o golpista bloqueia todos eles e desaparece.
O titular da conta bancária beneficiária do golpe, era proveniente da cidade de Várzea Grande (MT) e os responsáveis pela movimentação financeira eram da cidade de Cuiabá. Identificou-se ainda os responsáveis por interagirem com as vítimas, também são provenientes da capital do Mato Grosso.
Foi constatado, também, que o golpista entrava em contato com alguém que já possuía uma conta na plataforma de negócios, dizia que compraria algum objeto que estava à venda, um celular, por exemplo, e pedia um “favor” para o vendedor do celular: que era fazer um anúncio do veículo que seria objeto do golpe. Ou seja, o anúncio falso não era publicado pelo golpista, mas sim por outra pessoa enganada, que pensava estar vendendo algo para aquela pessoa, fator que dificultava o rastreamento dos responsáveis pelo anúncio, uma vez que se tratava de uma pessoa idônea.
Conforme as investigações, os golpistas fizeram mais de uma dezena de vítimas pelo país, aplicando golpes no Tocantins, Minas Gerais, Paraná, e Mato Grosso do Sul.
O delegado Antônio Onofre alerta à população em geral para tomar medidas de precaução sempre que estiver realizando um negócio de compra e venda, sobretudo, pela Internet. “É muito importante que o comprador se cerque de muito cuidado sempre que estiver em vias de fechar um negócio: desconfie de itens anunciados por preços muito abaixo do valor de mercado, analisem documentação verificando se o anunciante é o mesmo proprietário do bem, tratem pessoalmente com o proprietário sobre valores e forma de pagamento, desconfiando de qualquer pessoa que queira tratar apenas no ambiente virtual.