Lendo o Jornal Sou de Palmas, no último dia 08, encontrei aquela reportagem que descreveu uma discussão entre pai e filho que acabou com a morte de ambos, um pelas mãos do outro, em Querência, próximo à Cuiabá. Nem preciso dizer o quanto essa situação é trágica e de difícil compreensão, se tratando de dois familiares, mas ao longo da história humana esse tipo de tragédia é tão comum quanto repetitiva, pois se tratando de impulsos e tendências à violência, o ser humano é apenas mais um selvagem, como os animais, a diferença é que também temos a ansiedade para piorar.
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O parricídio (ato de matar o próprio pai) é retratado em obras clássicas como Os irmãos Karamazov de Fiódor Dostoiévski, Édipo Rei, obra de Sófocles e até na Bíblia Sagrada temos o caso de Absalão, que orquestra um plano para matar seu pai Davi. Por outro lado, o filicídio (ato de matar o próprio filho), é retratado em telejornais quase todos os dias, algo que assustadoramente tem se tornado cotidiano, sem falar no Caso Richthofen, um dos mais emblemáticos casos brasileiros de assassinato em família. Entretanto, o que leva um pai e um filho ao ponto de tentarem resolver uma divergência dando fim a vida um do outro?
A reportagem dá conta de que ambos se armaram com espingardas e desferiram os disparos que ceifaram suas vidas. Existem diversas teorias que tentam explicar o que pode levar um pai e um filho a cometerem um ato tão extremo contra o outro, e muitas vezes essas teorias se sobrepõem e se entrelaçam. Entre os motivos mais comuns estão os conflitos familiares não resolvidos, traumas passados, ressentimentos acumulados ao longo do tempo podem culminar em explosões violentas.
Muitas vezes também os problemas de comunicação podem dificultar a resolução pacífica de conflitos, levando a uma escalada de tensões e eventual violência. Existem ainda os problemas mentais ou emocionais. Distúrbios psicológicos, como transtornos de personalidade, depressão, psicose, entre outros, podem influenciar o comportamento de uma pessoa e levá-la a cometer atos extremos.
Em alguns casos, a violência pode ser perpetuada como parte de uma cultura local, onde a resolução de conflitos por meio da violência é normalizada. É importante ressaltar que cada caso é único e complexo, e geralmente uma combinação de diferentes fatores pode contribuir para esse tipo de tragédia. A prevenção desse tipo de incidente muitas vezes envolve a criação de redes de apoio social, acesso a cuidados de saúde mental, educação sobre resolução pacífica de conflitos e o fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
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