Nós gostamos de segurança e garantia de que tudo ficará bem, correto? Você com certeza já deve ter passado pela ponte, próxima ao Estádio Nilton Santos, que dá acesso a região de taquaralto, aurenys e todos os grandes bairros do extremo sul de Palmas. Em algum momento você já duvidou que conseguiria, naquela oportunidade, atravessar toda a ponte e chegar em segurança do outro lado? Possivelmente, ao menos uma vez, sim.
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Temos anseio por aprender e desvendar novos caminhos e meios para alcançar nossos objetivos, mas, o que gostamos mesmo é daquela velha segurança, de chegar em casa no fim do dia e tudo estar da forma como deixamos. Essa característica nos levanta uma questão: e se perdemos o controle?
Na formação de professores, aprendemos que nenhum planejamento deve ser tão confiável a ponto de não prepararmos um “plano B”. Agora, existe plano B para a vida em si? Os estudantes que estão se preparando para o ENEM e os vestibulares mais disputados, constantemente são bombardeados de questionamentos sobre “Eu fiz a melhor escolha?”. Para estes, eu digo: Não! Simplesmente porque não há como saber qual a melhor escolha de curso ou profissão, se você não estiver vivenciando aquilo.
Não há uma roleta maluca em que lançamos a sorte sobre o que devemos fazer ou ser na vida, é preciso de muita análise e experiência de campo, conversar com pessoas das mais diversas áreas, conhecer quais as características principais do curso, da profissão que lhe interessa e ainda assim, compreender que não há segurança garantida.
Os concurseiros de plantão que o digam, sobre decepção e mudança de ares, existem aqueles que se prepararam por anos para seguir uma carreira, não foram aprovados nela, mas conseguiram aprovação em outra área e descobriram ser a melhor de todas! Você consegue ver o perigo da ilusão de segurança plena em algo? Um escritor pode cometer erros ortográficos, semânticos e até ter uma caligrafia ruim, mas se lhe falta coerência na escrita, estamos diante de um dilema ético.
Se você pretende prestar vestibular, ENEM ou um concurso público, tenha plena ciência que o melhor caminho é conhecer os caminhos possíveis. Nada de tentar jogar no cara ou coroa e escolher aquilo que “todos estão querendo/esperando”, caso não dê certo, faça outra coisa, faça em outro lugar, só não se iluda com o sentimento de segurança.
Portanto, ao fazer escolhas educacionais e profissionais, em vez de buscar a garantia de um caminho infalível, devemos abraçar a exploração, a adaptabilidade e a busca constante pelo autoconhecimento. A verdadeira segurança reside na capacidade de nos adaptarmos às mudanças, aprendermos com nossos erros e abraçarmos as oportunidades que a vida nos oferece, mesmo quando elas nos levam por caminhos inesperados. Ao fazê-lo, podemos encontrar realizações e sucessos genuínos, independentemente de onde a jornada nos leve.