30 de abril de 2024 00:24

Editorial

HISTÓRICO: Médico brasileiro comanda 1° transplante de rim de porco em um paciente vivo

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HISTÓRICO: Médico brasileiro comanda 1° transplante de rim de porco em um paciente vivo
Este avanço promissor pode ser uma solução revolucionária para a crise de escassez de órgãos - Foto: Divulgação/Massachusetts General Hospital (MGH)

O Massachusetts General Hospital (MGH) alcançou um feito histórico na medicina moderna ao anunciar, nesta quinta-feira (21), o sucesso do primeiro transplante de rim de porco em um paciente vivo.

Esperança para pacientes com doença renal

Richard Slayman, um homem de 62 anos residente em Weymouth, Massachusetts, foi o paciente que recebeu o rim geneticamente modificado. Diagnosticado com doença renal em estágio terminal, decorrente de diabetes tipo 2 e hipertensão, Slayman fazia diálise há sete anos.

Ele já havia recebido um transplante renal humano em 2018, que infelizmente falhou cinco anos depois. Este transplante inovador marca não apenas um avanço na ciência, mas também renova a esperança de milhares que aguardam por um transplante.

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Liderança brasileira

O médico brasileiro Leonardo Riella esteve à frente da equipe responsável pela cirurgia no Mass General Transplant Center.

A operação foi cuidadosamente analisada e aprovada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (FDA), enfatizando a segurança e a viabilidade do procedimento. Riella e sua equipe, com quase três décadas de experiência em pesquisa de xenotransplante, veem esse sucesso como um passo crucial para superar a falta de órgãos disponíveis para transplante.

A ciência por trás do transplante

O rim transplantado foi desenvolvido pela empresa eGenesis, localizada em Cambridge, Massachusetts, utilizando um porco geneticamente modificado como doador.

A tecnologia CRISPR-Cas9 desempenhou um papel fundamental na modificação do órgão, removendo genes potencialmente prejudiciais e incorporando genes humanos para aumentar a compatibilidade com o paciente.

Além disso, os cientistas garantiram a segurança do procedimento ao inativar retrovírus endógenos suínos, minimizando qualquer risco de transmissão de doenças ao receptor humano.

Richard Slayman compartilhou sua perspectiva sobre a decisão de participar deste procedimento, vendo-o não apenas como uma chance de melhoria pessoal, mas também como uma contribuição para a ciência e esperança para outros em situação semelhante.

 

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