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O Brasil cresceu menos do que o divulgado anteriormente no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o crescimento de 2019, já pequeno – sendo, inclusive, chamado de ‘Pibinho’ – de 1,4% para 1,2%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (5).
O ajuste decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro daquele ano.
A indústria extrativa mineral teve a queda ajustada de -0,9% para -9,1%. “O impacto dessa revisão sobre a taxa de crescimento do valor adicionado bruto da indústria foi de -1 ponto percentual”, disse o IBGE.
Em valores correntes, o PIB em 2019 atingiu R$ 7,389 trilhões, o que corresponde a um PIB per capita de R$ 35.161,70, alta de 0,4% ante 2018.
De acordo com o instituto, a alta de 1,2% é a terceira taxa positiva seguida do PIB, após os avanços de 1,8% em 2018 e 1,3% em 2017. Todo esse crescimento, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016, de 6,7%.
Os dados oficiais do PIB brasileiro são sempre revisados 2 anos após o período de referência, a fim de apresentar um retrato mais detalhado e estruturado da situação econômica do país.
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Desempenho por setores
Entre os grandes setores, o destaque de desempenho ficou com os serviços, grupo que responde por dois terços da economia brasileira e que cresceu 1,5% naquele ano.
A agropecuária avançou 0,4% e o comércio 1,6%, com destaque para o crescimento em volume dos produtos milho em grão (42,0%), caminhões e ônibus (23,0%) e álcool (13,8%). A indústria caiu 0,7%.
Dos 12 grupos de atividades econômicas pesquisadas, nove registraram crescimento ou estabilidade, enquanto a indústria de transformação (-0,4%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,4%) e indústrias extrativas (-9,1%) recuaram.
Pela ótica da da demanda, o consumo das famílias em 2019 cresceu 2,6%. Já a despesa de consumo final do governo caiu 0,5%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,0%, registrando o segundo resultado positivo depois de quatro anos seguidos de queda. A taxa de investimento cresceu 0,4 pontos percentuais (15,5%), em relação a 2018, atingindo o patamar de 2016.