Após idas e vindas, desentendimentos e até pressão social, o governo federal lançou a íntegra do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
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O documento baliza as ações da campanha nacional, de compra de doses, faixas etárias prioritárias e regras de logística para distribuição de insumos aos estados e municípios.
O planejamento foi lançado após quase 10 meses de pandemia no Brasil e em meio a uma corrida mundial por doses da vacina. Confira abaixo as principais informações sobre o plano de vacinação:
- Número de pessoas: a imunização será feita em quatro grupos prioritários, que somam 50 milhões de pessoas.
- Quantidade de doses: serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.
- Grupo prioritário: trabalhadores da saúde, idosos (primeiro aqueles acima de 75 anos de idade e, depois, acima dos 60 anos), pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
- Compra de doses: segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio de acordos.
- Negociações em curso: o governo está negociando a compra de vacinas com seis laboratórios: Pfizer/BioNTech, Janssen, Instituto Butantan, Bharat Biotech, Moderna e Gamaleya.
- Registro de vacinas: até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.
- Termo de consentimento: as vacinas aprovadas para uso emergencial terão o documento. Com isso, quem se vacinar com o imunizante terá de assumir o conhecimento dos estudos e possíveis efeitos colaterais do insumo. Isso mudará quando as vacinas forem aprovadas oficialmente.
- Coronavac: produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, imunobiológico foi alvo de desentendimentos entre o governo federal e o de São Paulo. Agora, o Ministério da Saúde a incluiu no plano nacional de vacinação.
- Distribuição de doses: As vacinas produzidas no Brasil serão destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde fará a distribuição das doses aos estados e municípios.
- Divisão: segundo o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, as doses serão distribuídas de forma “igualitária e proporcional” aos entes da Federação.
- Armazenamento: segundo o governo, estão aptas a guardar a vacina uma Central Nacional, 27 Centrais Estaduais, 273 Centrais Regionais e aproximadamente 3.342 Centrais Municipais.
- Salas de vacinação: serão aproximadamente 38 mil salas de imunização, podendo chegar a 50 mil pontos de vacinação em períodos de campanhas.
- Prazo: O governo ainda não marcou uma data para o início da vacinação. Até o momento, estima-se que os grupos de maior risco para agravamento e de maior exposição ao vírus estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021.