A partir da próxima segunda-feira, 1º de julho, entra em vigor no Tocantins o período do vazio sanitário da soja, que se estende até 30 de setembro. A medida, coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), proíbe o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em lavouras de sequeiro em todo o estado, como forma de combater a ferrugem asiática, considerada a principal praga da cultura.
Segundo Cleovan Barbosa, responsável técnico pelo Programa Estadual de Ferrugem Asiática, o objetivo é reduzir a incidência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da doença. “Durante o vazio sanitário, a Adapec seguirá monitorando as áreas cultivadas com soja para coibir a presença de plantas vivas no campo”, explicou.
De acordo com a legislação, a eliminação das plantas voluntárias — também conhecidas como tigueras — é de responsabilidade dos produtores ou ocupantes da área. Caso seja identificada a presença dessas plantas vivas, a eliminação deve ser feita por meio químico ou mecânico. O não cumprimento da norma pode resultar em penalidades previstas em lei.
Exceções previstas
Algumas exceções ao vazio sanitário são permitidas, como cultivos para pesquisa em terras altas, produção de sementes e experimentos com fins científicos nas Planícies Tropicais sob o sistema de subirrigação.
Na safra 2024/2025, a Adapec registrou o cultivo de soja sequeiro em 1,415 milhão de hectares, distribuídos em 2.705 propriedades rurais.
Sobre a praga
A ferrugem asiática é uma das doenças mais severas da soja e se dissemina rapidamente pelo vento, afetando grandes áreas em pouco tempo. Entre os principais danos causados estão a desfolha precoce e a consequente redução na produtividade das lavouras.
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