Titular da SES-TO diz que UPA da região sul de Palmas deveria ter estrutura para estabilizar quadro de paciente que morreu na unidade esperando uma transferência para o HGP: ”Eles recebem recursos para isso”

Com intuito de prestar esclarecimentos sobre a responsabilidade da Secretaria de Saúde do Tocantins (SES-TO) no caso da morte de uma paciente que aguardava a transferência ao Hospital Geral de Palmas (HGP), na última segunda-feira (8), o titular da pasta, Afonso Piva, deu uma entrevista à TV Anhanguera.

A ocasião aconteceu nesta sexta-feira (12) e contou também com a participação do secretário da Saúde Palmas, Thiago de Paulo Marconi, visto que a paciente estava na UPA Sul aguardando uma vaga no HGP. Disponibilidade de leitos, estruturas e o processo de transferência de pacientes foram alguns dos pontos discutidos.

Em resposta à declaração de Thiago, que afirmou que a Saúde do Município tentou realizar a transferência da paciente três vezes, antes da morte, Afonso destacou que a UPA deveria ter uma estrutura que pudesse estabilizar a vítima, o que não aconteceu.

”É uma UPA de porte 8. Então ela teria que ter uma sala de estabilização e deveria atender esse paciente até liberar a vaga no HGP. É o porte da UPA. Eles recebem recursos para isso.”, disse.

Piva também explicou que muitos pacientes encaminhados da UPA não tem necessidade de ir para o HGP, o que acaba sobrecarregando o sistema de transferência: ”Quando vem um paciente sem necessidade para o HGP, eu tiro a oportunidade de pacientes igual essa senhora”, falou.

O secretário usou o exemplo de muitas pessoas são transferidas para o HGP com problemas ortopédicos, que a uma UPA seria capaz de resolver com uma tala. Por fim ele ainda destacou que o Estado tem trabalhado para aumentar a capacidade do local com novos leitos e uma estrutura maior para as salas de emergência.

“Talvez a prefeita não está se esforçando nem fazendo muita questão. No estado estamos dobrando a quantidade de leitos, mas o estado não consegue sozinho”, completou.

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