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O presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, pediu licença da presidência da legenda por tempo indeterminado enquanto durar a prisão preventiva. Em carta, o dirigente justifica que não pode assinar documentos e faz ataques a parlamentares do partido que pediram seu afastamento.
No último domingo (24), Jefferson precisou ser internado no hospital do complexo penitenciário em razão de complicações em seu estado de saúde.
No documento de dez páginas, ele fala em conspiração e apoia a vice, Graciela Nienov, para assumir o cargo. “Tenho certeza que a Graciela Nienov está pronta para o pleno exercício da função, além de contar com o apoio de quase totalidade do diretório e maioria quase absoluta dos presidentes regionais, à exceção de Alagoas e Mato Grosso”.
Em outra frente, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, pediu o afastamento de Graciela do comando da legenda.
Ela acusa a vice-presidente de ter fingido se passar por pastora evangélica para visitar o pai no hospital. O PTB é um dos partidos cotados para abrigar o presidente Jair Bolsonaro, que está sem legenda.
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Jefferson está preso desde agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do chamado inquérito dos atos antidemocráticos.
Na semana passada, cinco deputados federais do PTB entraram com ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal pedindo o afastamento de Jefferson, e de toda a direção nacional por uso “indevido” do fundo partidário e “ofensas” ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação foi assinada pelos deputados federais Nivaldo Albuquerque (PTB-AL), Pedro Geromel (PTB-CE), Wilson Santiago (PTB-PB), Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT), José Costa (PTB-PA), e também pelo deputado estadual Antônio Albuquerque (PTB-AL).
No pedido de licença, Jefferson fez ataques aos adversários do próprio partido e afirmou que haverá uma nova composição de forças na Convenção Nacional, onde serão sepultadas “veleidades e arrivismos”.
O ex-deputado também se justificou sobre fotos com armas nas mãos praticando tiro ao alvo. “Verdade, sempre atirei no papel. Jamais ceifei vida humana, quer diretamente ou por contratar pistoleiros. Não tenho na minha vida, aos 68 anos de idade, sequer um processo de lesão corporal”, afirmou.
Ao final, o dirigente também convocou os militantes para “luta” . “Estamos na vereda certa, por isso esses ódios e tentativas de desconstrução da legenda histórica. Sairemos muito maiores do que entramos”, finaliza.