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O Sistema FAEMG/SENAR/INAES, em parceria com a UFV – Campus Florestal, promoveu o curso piloto de Construção de Móveis Rústicos com Aproveitamento de Madeira. O grupo formado por trabalhadores e produtores rurais da localidade acompanhou as aulas teóricas e práticas dos instrutores Joseni Teixeira e Getúlio Caetano e aprendeu as técnicas de carpinteiro, como realizar os cortes corretamente, os tipos de montagem e acabamento em móveis de madeira, levando em consideração a importância da questão ambiental fazendo reutilização dos materiais.
De acordo com Getúlio Caetano, o mercado é promissor e a demanda é crescente pela falta de mão de obra especializada. A renda pode variar de acordo com a região, criatividade e acabamento. “O retorno financeiro pode variar entre três a cinco mil reais por mês, podendo ultrapassar essa margem conforme os conhecimentos e investimento de tempo e dedicação na fabricação em cada peça ou artefatos artesanais utilizando as técnicas do treinamento”, revelou o instrutor.
A busca pelo consumo consciente cresce gradativamente e o foco, segundo Getúlio, deve ser sempre a sustentabilidade, mesmo atendendo algum pedido de personalização. Quanto à escolha da matéria-prima, ele explica que o que determina é o ambiente onde serão usadas. “Indicamos as madeiras de florestas plantadas como eucalipto, pinus, teka, mogno africano, ou madeiras da própria região, desde que sejam provenientes de reaproveitamento, como madeiras de demolição, árvores mortas ou podas”.
De olho no mercado
Um dos alunos do curso piloto foi Afrânio Batista, produtor rural e marceneiro. Ele se inscreveu em busca de qualificação em um segmento que não dominava, o de móveis rústicos. “Sempre achei as peças muito bonitas, mas nunca tinha tido contato direto com esse mercado. O interessante é que não há muito o que mexer na peça, o jeito que a madeira está já favorece muito, basta a gente conhecer bem os produtos que valorizam ainda mais essa beleza natural, a aparência e durabilidade. Depois do curso já tive algumas encomendas”, contou o produtor, satisfeito com a nova perspectiva de trabalho.