- Publicidades -
Após uma pesquisa eleitoral o colocar em segundo lugar na disputa para o governo do Rio de Janeiro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que ainda não definiu seu futuro político. Mourão atribuiu o resultado a uma “carência de nomes” e disse que não pode ser “picado pela mosca azul”.
Pesquisa da Quaest, realizada a pedido do GLOBO, mostra uma vantagem para o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) em relação ao atual governador Cláudio Castro (PL) e outros dois nomes que se colocam hoje como pré-candidatos ao Palácio Guanabara. No entanto, eventuais entradas de Mourão e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) mudam os cenários da disputa.
Mourão disse que só definirá em março se continuará na chapa do presidente Jair Bolsonaro — que já indicou que deve escolher outro vice — ou se disputará outro cargo. Uma candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Sul também é avaliada.
“Eu só vou definir a minha situação a partir do mês de março. Se eu vou acompanhar o presidente no projeto de reeleição dele, se ele vai desejar isso, ou se eu vou prosseguir na vida política. Não defini essa manobra.”
Questionado sobre se o bom resultado na pesquisa pode alterar os planos, o vice-presidente disse que precisa “manter os pezinhos no chão”
“O Rio de Janeiro tem uma certa carência de lideranças. Pessoal lançou meu nome, tudo bem, é mais um nome ali no liquidificador desse momento que a gente está vivendo. Você não pode ser picado pela mosca azul, você tem que manter os pezinhos no chão. Ainda mais na altura da vida que eu me encontro, com quase 70 anos.”
Na disputa ao governo do estado, foram testados três cenários. No primeiro deles, com Paes, o prefeito do Rio lidera com 26% das intenções de voto, seguido por Freixo, com 19%, e Castro, com 14%. Paes tem declarado que não pretende deixar o mandato na prefeitura, e que seu candidato ao governo será Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e que deixará este posto no início de 2022.
Leia Também
Freixo assume a liderança no segundo cenário, sem Paes, marcando 25% das intenções de voto, enquanto Castro chega a 16%. Nesta hipótese, o percentual de eleitores indecisos ou que declaram voto em branco ou nulo totaliza 47%, o índice mais alto da pesquisa.
No terceiro cenário, com Mourão, Freixo oscila para 23%, enquanto Castro desce para 12%. O vice-presidente, por sua vez, entra com 17% das intenções de voto.
Mourão tem sido estimulado por deputados bolsonaristas descontentes com Castro a se lançar ao governo, mas por ora vem manifestando preferência nos bastidores por uma corrida ao Senado. O general da reserva é filiado ao nanico PRTB.
O nome de Mourão também foi testado na disputa ao Senado pelo Rio. Candidato à reeleição, Romário (PL) lidera os dois cenários. No primeiro, sem Mourão, ele tem 19% das intenções de voto. O deputado federal Alessandro Molon (PSB) e o ex-prefeito do Rio e ex-senador Marcelo Crivella (Republicanos) empatam numericamente com 12% neste cenário, e ficam em situação de empate técnico, no limite da margem de erro, com a deputada Clarissa Garotinho (PROS), que marca 8%.
No segundo cenário, Mourão entra com 12% das intenções de voto, e Romário chega a 20%. Numericamente, não há variações nos desempenhos de Crivella e de Clarissa Garotinho neste cenário. Já Molon oscila para 10%, mantendo-se em empate técnico com Mourão, Crivella e Clarissa Garotinho.