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O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) teria aprovado a ideia de contar com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) em uma possível chapa presidencial para as eleições do próximo ano. Segundo a jornalista Thaís Oyama, o petista teria declarado a pessoas próximas que Alckmin é o “único tucano que gosta de pobres”.
Adversários nas corridas presidenciais de 2006 e 2018, Lula é o maior entusiasta desta possível aliança e já teve três encontros com Alckmin neste ano. O primeiro deles, em junho, ocorreu na casa do ex-deputado federal Gabriel Chalita.
A maior rejeição eleitoral de Lula – em São Paulo – é também o local onde Geraldo nutri suas maiores conquistas políticas. Alckmin governou as terras paulistas por quatro vezes e possui um cativo eleitor no interior.
Questionado sobre uma possível resistência da ala mais ‘radical’ do PT, o ex-presidente disse que sua preocupação seria “zero”. “Podem fazer duzentos manifestos contra”.
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Já Alckmin crê que o fato de Jair Bolsonaro representar uma ameaça democrática justificaria a “atitude extrema” da possível aliança com o petista. Na visão de Geraldo, Lula “nunca representou um risco democrático como representa Bolsonaro”.
O ex-governador avalia que é dever “de todos” impedir uma reeleição de Bolsonaro e, com isso, nomear quatro ministros do Supremo Tribunal Federal.
Um entrave, porém, seria sua vontade de se ‘vingar’ do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) – candidato de João Dória a sucedê-lo no Palácio dos Bandeirantes. Segundo políticos próximos, Alckmin teria de ser convencido a aceitar a empreitada nacional, já que “Geraldo gosta de governar São Paulo”.