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O fortalecimento de ações por parte de organismos eleitorais, a conscientização da população mediante campanhas regulares, o combate às mentiras com informações transparentes e legítimas e o auxílio da sociedade e das plataformas digitais são algumas das ferramentas citadas por especialistas para prevenir ou minimizar o fenômeno da desinformação durante o processo eleitoral.
O levantamento dessas iniciativas foi feito pelos expositores da terceira mesa do II Seminário Internacional Desinformação e Eleições – Disinformation and Elections, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que ocorre nesta terça-feira (26). A penúltima mesa do encontro debateu o tema “Respostas de Organismos Eleitorais à Desinformação Eleitoral”.
Integraram a terceira mesa do evento a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint; o conselheiro presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México, Lorenzo Córdova Vianello; e a especialista global em redes sociais e desinformação do International Foundation for Electoral Systems (IFES), Lisa Repell. O painel teve como moderador o ministro do TSE e diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE/TSE), Carlos Horbach.
Ao agradecer a participação dos convidados, o ministro Horbach destacou que as experiências do Brasil, do Equador e do México guardam semelhanças e que o compartilhamento de informações é benéfico a todos.
O debate teve início com Diana Atamaint, que salientou as medidas tomadas pelo CNE do Equador para promover maior participação popular no combate à desinformação. “Buscamos formar um ambiente de cordialidade e de informações transparentes”, explicou, acrescentando que campanhas foram lançadas, como a “Eu me informo”, que teve boa repercussão e o objetivo principal de mostrar ao cidadão como neutralizar notícias falsas.
Em seguida, o conselheiro presidente do INE do México, Lorenzo Córdova, ressaltou que a propagação de mentiras ganhou nova dimensão com o surgimento da internet e mecanismos de compartilhamento de mensagens, “Hoje, a mentira representa um papel voltado à distorção da democracia”, disse, complementando que “as redes sociais chegaram para ficar, mas devemos compartilhar nelas informações para fortalecer a democracia”.
Lisa Repell, terceira palestrante do painel, apresentou o Guia sobre a Desinformação On-Line, produzido por especialistas internacionais da área, que identificou que os organismos eleitorais dos países costumam utilizar, de forma consorciada ou não, três tipos de estratégias para enfrentar o fenômeno das notícias falsas: proativas, reativas e colaborativas.
Entre as estratégias proativas, Rupell citou as campanhas de educação do eleitorado, elaboração de planos de crise e de códigos de condutas pelos países, Já as reativas incluem monitoramento das redes sociais para a pronta e correta resposta à desinformação, uso de instrumentos regulatórios e formas de ouvir a sociedade, antecipando dúvidas. E, entre as estratégias colaborativas, a especialista mencionou as parcerias com redes e plataformas digitais, visando prevenir conteúdos falsos e a aproximação com diversos setores da sociedade civil.
O II Seminário Internacional Desinformação e Eleições – Disinformation and Elections tem como metas principais reunir dados, compartilhar experiências, colher sugestões e enriquecer o conhecimento geral sobre medidas viáveis de enfrentamento das notícias falsas.
Os debates podem ser vistos no canal do TSE no YouTube.
EM/LC, DM
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