29 de abril de 2024 23:43

Tecnologia

Estes 17 cargos na área de tecnologia vão bombar em 2019

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Estes 17 cargos na área de tecnologia vão bombar em 2019

Sem dúvidas, em 2018 o mercado de trabalho estava ótimo para os profissionais de tecnologia da informação.

A área, antes limitada a serviços pontuais, se tornou estratégica dentro das empresas de qualquer indústria, de acordo com especialistas de recrutamento em TI. Para o próximo ano, as contratações devem crescer, com alguns cargos e profissionais sendo mais demandados.

Com exclusividade para EXAME, as consultorias Robert Half, Talenses, Page Personnel e a empresa Catho fizeram um levantamento sobre as tendências para 2019.

De acordo com Renato Trindade, gerente da Page Personnel, o destaque continuará em torno de profissões especializadas no uso de dados digitais, com foco nos profissionais de alta demanda e ainda escassos no mercado: os cientistas de dados.

“Estamos no momento das empresas olharem para os dados captados de forma mais eficiente. Temos um grande volume de informações, mas como podemos protegê-los, como fazê-los virar estratégia de negócio e solução?”

A maior atenção e investimento das empresas para a tecnologia deve mudar o perfil dos profissionais mais valorizados. Para Carolina Cadorin, diretora da Hays, setores como agronegócio, saúde e educação devem seguir o mesmo caminho das fintechs, startups do setor financeiro, tornando a tecnologia central e inovadora em cada área.

“No passado, o profissional de TI que soubesse a linguagem dos negócios era valorizado. Hoje, não é apenas o diferencial, mas um requisito básico”, explica ela.

A adaptação mais acelerada das empresas para a era digital pode trazer mudanças nos níveis hierárquicos mais altos, levando à criação de mais cargos de diretores e gerentes especializados em TI.

Segundo Leandro Bittioli, gerente sênior da divisão de TI e digital da Talenses, as empresas podem procurar por executivos de confiança que liderem a transformação digital, criando cargos como CDO (Chief Data Officer), para coordenar o uso de dados, ou CTO (Chief Technology Officer).

Além disso, Bittioli chama atenção para os reflexos da nova lei de proteção de dados, sancionada pelo presidente Michel Temer em agosto, que estipula diretrizes de como as empresas podem utilizar os dados digitais de seus clientes e usuários.

“Para esse ano, a segurança da informação passa a ser uma preocupação maior dentro das empresas, o que pode levar a ter um profissional especializado responsável pelo tema para impedir qualquer tipo de vazamento de dados ou uso inadequado deles”, comenta.

Confira a lista com as 17 profissões que vão se destacar em 2019:

Gerente de TI

O que faz: gerencia toda a área TI da empresa, que geralmente é subdividida em três partes: sistemas; infraestrutura e segurança.

Perfil: visão estratégica, boa comunicação e conhecimento em idiomas.

Salário: entre R$ 14 mil e R$ 25 mil.

Por que está em alta: para posições gerenciais, as empresas buscam profissionais com perfil de liderança, mas que apresentem o conhecimento técnico necessário para atuar mais próximo da operação. Os times têm se tornado muito ágeis, o que exige um líder que trabalhe junto de sua equipe para direcioná-la. Neste novo cenário, os gestores que apenas delegam perdem a vez para aqueles com um perfil mão na massa.

Gerente de projetos

O que faz:  planeja e controla a execução de projetos em desenvolvimento de software.

Perfil: profissionais generalistas e analíticos, sempre abertos a mudanças e com forte contato com diversas áreas de negócios dentro da empresa. Normalmente têm certificações e se especializam em uma metodologia específica de gestão de projetos. Podem seguir para área de projetos ágeis ou projetos tradicionais (cascata).

Salário: entre R$ 2,5 mil a R$ 20 mil.

Por que está em alta: crescente expansão de diversos projetos simultâneos na área de TI, por isso a necessidade de profissionais especializados em gestão de projetos.

“É uma mudança forte, pois as empresas estavam terceirizando essa parte para consultorias, alocando alguns profissionais por um determinado tempo. Após o final do projeto, eles iam embora. Agora, vão internalizar esse profissional, que precisa entender a cultura e funcionamento da empresa”, explica o gerente da Page Personnel.

Profissional da área de suporte

O que faz: presta suporte/assistência a clientes internos ou externos com objetivo de solucionar problemas técnicos.

Perfil: profissional que terá muito contato com clientes internos e externos para atender a chamados e demandas de suporte à tecnologia. É extremamente comum que seja exigido fluência em outros idiomas para essa posição.

Salário: entre R$ 1,5 mil a R$ 5,5 mil.

Por que está em alta:  há a necessidade de auxiliar as operações de grandes empresas para suporte a suas tecnologias.

Especialista de Business Intelligence (BI)

O que faz:  organiza a coleta de dados e extrair informações que ofereçam suporte para a gestão de negócios, podendo, inclusive, atuar no monitoramento das informações coletadas.

Perfil: excelente background profissional no setor de BI, conhecimento em modelagem de dados e foco na interpretação das análises.

Salário: entre R$ 10 mil e R$ 16,5 mil.

Por que está em alta: em decorrência da alta competitividade entre empresas do mesmo segmento, é necessário traçar estratégias cada vez mais assertivas. Para atingir esse objetivo, o profissional de BI é uma peça essencial no processo de analisar dados que poderão auxiliar em importantes tomadas de decisão.

Analista de BI com foco em análise de mercado e ETL

O que faz: extrai, trata e consolida (ETL, do inglês, Extract, Transform and Load) grande quantidade de dados transformando-os em informações relevantes para a empresa.

Perfil: é preciso ter compreensão do negócio de maneira holística, para gerar insights e senso de priorização.

Salário: entre R$ 5 mil e R$ 11,5 mil.

Por que está em alta: concorrência cada vez mais acirrada entre empresas que demandam profissionais com alta capacidade de análise de dados de mercado para apoiar no desenvolvimento da melhor estratégia de negócio.

Programador Front-end

O que faz: pensa em como será a experiência de visualização web para o usuário de um determinado site. Profissionais dessa área devem estar alinhados com as novas tendências do segmento, como bibliotecas e frameworks, uma vez que são responsáveis pelo design, conteúdo e funcionalidade da camada frontal de um site.

Perfil: normalmente, os programadores front-end não encontram uma formação acadêmica específica, e acabam se tornando verdadeiros autodidatas que migram de diversas áreas de conhecimento.

Salário: entre R$ 2 mil e R$ 5 mil

Por que está em alta: com um número cada vez maior de sites espalhados pela internet, a necessidade por  um desenvolvedor front-end são ilimitadas. O que também significa que esse profissional é desejado para as mais diversas áreas, dentre elas agências de marketing, estúdios de design gráfico, empresas de software e engenharia, dentre outras. Além disso, muitos acabam optando por ser tornarem autônomos, o que dá mais flexibilidade para área.

UX/UI – Usabilidade, interface e interação

O que faz: decide como vai ser a experiência de uso de uma interface — a forma como ela guia o usuário, como ele se sente utilizando aquele sistema e qual é a forma como a interface é apresentada.

Perfil: elabora mapas de navegação do usuário, testes de usabilidade, criação, desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras e atraentes, desenvolve protótipos,  monitora fluxo do usuário e de processos, ligando a interação comunicativa às ideias de Design.

Salário: entre R$ 4 mil a R$ 15 mil

Por que está em alta: necessidade das empresas em cuidar da experiência que seus usuários têm com seus produtos e serviços.

Desenvolvedor Full-Stack

O que faz: desenvolve softwares para gestão e alteração da base de dados, além de softwares para interface com o usuário final.

Perfil da vaga: comprometimento com resultados e prazos, além da capacidade de trabalhar em equipe.

Salário: entre R$ 5 mil e R$ 14 mil.

Por que está em alta: a visão mais completa do sistema e a flexibilidade de trabalhar com diferentes etapas de desenvolvimento – desde o sistema do servidor até o software da interface final com o usuário – fazem com que este profissional seja altamente disputado pelas empresas, elevando assim, os salários ofertados.

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