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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia desistiu de pedir o indiciamento do senador Carlos Heinze (PP-RS), membro do colegiado. O pedido havia sido feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) , que mais tarde voltou atrás.
No Twitter, ele disse que o objetivo do recuo é “não colocar em risco o conteúdo final do relatório da CPI, sua aprovação e posterior utilização na Justiça”. “A história será implacável com todos aqueles que causaram dor e morte através de tanta mentira e desinformação”, acrescentou Vieira na mensagem. Horas antes, o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já havia chamado o possível indiciamento de “excesso” .
Já na sessão da CPI, Vieira foi mais enfático. “Eu peço por um motivo formal e outro de mérito. Formalmente, peço a retirada porque ele manifestou seus desvarios usando a tribuna dessa comissão. Na minha visão pessoal, seria um agravante, mas me rendo ao argumento, inclusive do senhor presidente desta Casa, no sentido de que a imunidade parlamentar no exercício da tribuna teria uma determinada percepção alargada. Não concordo plenamente, mas me rendo à maioria nesse sentido. Mas faço isso muito mais por uma razão de mérito e uso pra isso não o juridiquês, mas o dito mais popular possível: ‘não se gasta vela boa com defunto ruim’”, justificou.
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O indiciamento de Heinze seria pedido sob o argumento de que ele disseminou fake news sobre a pandemia. Quando aceitou incluí-lo no relatório, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o colega apresentou “estudos falsos, logo negados pela ciência” e “incitou o crime em todos os momentos”.
Sem Heinze, o relatório final volta a ter 80 alvos , entre eles o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o atual chefe da pasta, o médico Marcelo Queiroga, e outras diversas autoridades. O relatório será votado ainda nesta terça-feira (26).