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Lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 30 de agosto de 2019 com o objetivo de combater os efeitos negativos provocados pela desinformação à imagem e à credibilidade da Justiça Eleitoral, o Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020 obteve marcas expressivas ao longo do último ciclo eleitoral. Esses dados, disponíveis no Relatório de Ações e Resultados do Programa, foram debatidos durante o II Seminário Internacional Desinformação e Eleições, promovido pela Corte Eleitoral no dia 26 de outubro.
O Programa foi estruturado em seis eixos, todos com ações de curto, médio e longo prazos: organização interna, alfabetização midiática e informacional, contenção da desinformação, identificação e checagem de desinformação, aperfeiçoamento do ordenamento jurídico e aperfeiçoamento de recursos tecnológicos. Por conta da abordagem multissetorial e sistêmica da desinformação, tornou-se o maior e mais inovador projeto de combate às fake news criado por um órgão eleitoral.
Ao todo, o Programa contou com a importante colaboração de 66 entidades e organizações que se dispuseram a executar ações e medidas concretas para minimizar os impactos da desinformação nas Eleições 2020, dentro da respectiva área de atuação. Entre as parcerias realizadas, destacam-se os acordos com instituições de checagem, plataformas de mídias sociais, empresas de telefonia, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, órgãos públicos e associações de mídia.
A secretária-geral da Presidência do TSE, Aline Osorio, louvou o trabalho realizado em parceria com diversas entidades. “Celebramos 29 acordos específicos com vários desses parceiros, com a previsão de ações concretas que cada um se comprometeu a realizar, de forma não onerosa, em conjunto conosco. É preciso dizer que, sem eles, o trabalho desenvolvido não seria possível”, reforçou.
Ações e números
Entre as iniciativas criadas, estão a rede formada por nove instituições de checagem para a verificação de notícias falsas relacionadas ao processo eleitoral; a página Fato ou Boato, no Portal da Justiça Eleitoral, para centralizar as verificações de informações falsas publicadas durante as eleições; e o chatbot no WhatsApp, que permitiu aos eleitores acessar as notícias checadas e tirar dúvidas sobre o pleito.
Somente no grupo da coalizão para checagem, mais de 100 pessoas, entre jornalistas e servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral, verificaram 274 matérias com conteúdos publicados pelo TSE e por instituições de checagem parceiras. Já no WhatsApp, pouco mais de um milhão de brasileiros trocou 18,7 milhões de mensagens ligadas às eleições.
A página Fato ou Boato foi visualizada 13 milhões de vezes, entre 27 de outubro e 31 de dezembro de 2020, com 400 milhões de impressões do banner no YouTube. E, por meio de seus aplicativos, a Justiça Eleitoral enviou 300 milhões de notificações informativas aos mais de 18 milhões de usuários cadastrados.
Já a campanha de rádio e televisão “Se for fake news, não transmita”alcançou cerca de 130 milhões de brasileiros. O programa Minuto da Checagem, composto por oito episódios veiculados na televisão e no YouTube, teve 4,5 milhões de visualizações apenas na plataforma digital.
JM/LC, DM