A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Espada de Themis, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que aplicava o chamado “Golpe do Falso Advogado”. A ação é coordenada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e conta com apoio de forças de segurança do Tocantins, Ceará e Alagoas. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 9 de busca e apreensão em cidades dos dois estados.
Os alvos da operação estavam localizados em Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba e Caucaia (CE), além de Maceió (AL). Durante a operação, foram presos seis investigados, com idades entre 20 e 36 anos. Outros quatro suspeitos ainda estão sendo procurados. Celulares e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para análise.
Segundo as investigações, o grupo abordava vítimas por meio de aplicativos de mensagens, se passando por advogados ou defensores públicos envolvidos em processos judiciais ou administrativos. A fraude consistia na solicitação de depósitos de supostas taxas para liberação de valores que, na prática, não existiam. Ao todo, 20 pessoas foram vítimas da quadrilha, entre elas seis idosas, e os prejuízos somados chegam a aproximadamente R$ 150 mil.
O inquérito policial foi instaurado no início de 2024 após denúncias de moradores de Palmas. As vítimas descobriram o golpe apenas após realizarem transferências bancárias e perceberem que os contatos eram falsos.
De acordo com o delegado titular da DRCC, Lucas Brito Santana, os criminosos utilizaram de forma fraudulenta os nomes e registros de advogados legítimos para ganhar a confiança das vítimas. “As transações eram feitas sob pressão e urgência. Quando as vítimas procuravam os verdadeiros defensores, percebiam que haviam caído em uma fraude”, explicou.
Os presos vão responder por associação criminosa, estelionato mediante fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e falsa identidade, podendo haver agravantes pela continuidade dos crimes e número de vítimas atingidas.
Após a conclusão dos procedimentos, os investigados foram encaminhados para unidades prisionais nos estados onde foram capturados, onde permanecem à disposição da Justiça.
Nome da operação
O nome “Espada de Themis” remete à imagem simbólica da deusa grega da justiça, que empunha uma espada representando a força na correção das injustiças e a firmeza na aplicação das leis. Mais de 80 policiais civis participaram das ações simultâneas.
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