Dois dos quatro acusados de envolvimento na morte de Wesley Santos Carvalho e Kaique Cavalcante Lima Coelho foram condenados pelo Tribunal do Júri em Araguaína, no norte do Tocantins. Os crimes ocorreram em janeiro de 2024 e teriam sido motivados por rivalidade entre facções criminosas.
O julgamento, realizado nesta terça-feira (22), durou mais de 15 horas e foi conduzido pela 1ª Vara Criminal de Araguaína, sob presidência do juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra. Os jurados decidiram pela condenação de Danilo Bandeira Barbosa, de 21 anos, e Jonys Rodolpho Silva Arcanjo, de 19, pelos crimes de duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e organização criminosa. As penas de ambos somam 19 anos, 11 meses e 12 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Já os réus Mateus Alves, também de 21 anos, e Gabriel Masciano de Araújo, de 21, foram absolvidos de todas as acusações. Gabriel já havia tido a prisão preventiva revogada em agosto de 2024.
Ataque a tiros deixou dois mortos e um ferido
Segundo a investigação, os quatro acusados e um adolescente de 16 anos, todos encapuzados, teriam atacado um grupo rival em uma área residencial, disparando diversas vezes de dentro de um carro. Wesley Carvalho morreu no local. Kaique chegou a ser socorrido, mas não resistiu. A terceira vítima, atingida por 15 tiros, sobreviveu.
Após o ataque, os envolvidos fugiram no mesmo veículo. A investigação aponta que o crime foi premeditado, com participação de membros de facções e apoio logístico para monitorar as vítimas.
Prisões e desfecho judicial
As prisões dos acusados ocorreram entre março e maio de 2024. Danilo e Mateus foram presos com mandados de prisão preventiva, enquanto Jonys e Gabriel tiveram prisões temporárias posteriormente convertidas em preventivas. A soltura de Mateus foi determinada logo após o júri.
