Dois homens, de 22 e 55 anos, investigados pela prática do crime de homicídio qualificado pela impossibilidade de ação defensiva da vítima e por questões de gênero, foram indiciados e presos pela Polícia Civil do Tocantins, durante ação realizada pela 103ª Delegacia de Polícia Civil de Taguatinga, na manhã desta segunda-feira, 18, no município localizado no sudeste do Estado.
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Conforme explica o delegado-chefe da 103ª DP e responsável pelo caso, Lucas de Oliveira Rodrigues, a investigação sobre o caso teve início no último dia 4, com o encontro de um cadáver do sexo feminino, que estava parcialmente submerso em águas pluviais, e barrentas, de modo que apenas o nariz, boca, tórax e mãos eram visíveis, fato ocorrido na zona tural do município. De imediato, o local foi isolado e a vítima de 54 anos, identificada.
“Próximo ao cadáver foram encontradas uma xícara azul, um par de chinelos femininos, cor bege, um relógio de pulso com pulseira danificada, objetos que ajudaram a entender a dinâmica do evento”, frisou a autoridade policial.
O investigado, de 55 anos, é companheiro da vítima, já o segundo, de 22 anos, era tratado como seu sobrinho, que com ela residia há aproximadamente um mês. “As investigações da Polícia Civil revelaram ainda que a vítima foi morta em razão de um desentendimento acerca do possível furto de um aparelho de telefone celular, cuja autoria ela atribuía ao seu sobrinho”, pontuou o delegado Lucas.
Conforme o apurado, a vítima foi morta com um golpe aplicado com um pedaço de madeira na região do pescoço, seguido de uma imobilização denominada “mata-leão”, própria das artes marciais, onde o pescoço da vítima sofre pressão contínua.
“O fato investigado é mais um exemplo do ciclo de agressões existente na violência baseada no gênero. A dispensa do cadáver em uma barragem, construída para conter as águas da chuva, é indicativo do desprezo relegado à vítima pelos investigados”, pontuou o delegado.
Com a evolução das investigações, foi possível demonstrar a autoria e a dinâmica do crime, motivo pelo qual a Polícia Civil representou pelas prisões preventivas dos investigados, sendo que os mesmos foram capturados, em cumprimento a mandados judiciais e recolhidos à Cadeia Pública de Taguatinga, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário.