Uma inovação que parece saída da ficção científica foi revelada esta semana pelas forças armadas da China: um minúsculo drone com aparência de mosquito, desenvolvido para uso em operações de inteligência e missões especiais. O equipamento, segundo pesquisadores da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT), é parte de um esforço mais amplo de modernização tecnológica do país no setor militar.
O minidrone, apresentado em reportagem do canal CCTV7 — ligado às Forças Armadas — tem duas asas translúcidas e um corpo tão pequeno que cabe na palma da mão. Em vídeo exibido pelo canal estatal, o pesquisador Liang Hexiang mostra o protótipo e afirma que robôs biônicos como este são projetados especialmente para coletas de informações em áreas de conflito.
Além do “mosquito espião”, o programa de TV também revelou outro modelo ainda mais avançado: um drone com quatro asas capaz de ser controlado por smartphone. A revelação pública de ambos os dispositivos surpreendeu analistas internacionais e reforçou a percepção de que a China está na dianteira da chamada “corrida pelo menor drone militar do mundo”.
Robôs minúsculos, ambições gigantes
O desenvolvimento de nanodrones exige conhecimentos sofisticados em robótica, ciência dos materiais, sensores e microeletrônica. Por isso, são projetos normalmente conduzidos em centros de pesquisa de elite com vínculos militares, como a NUDT. Os desafios técnicos envolvem a miniaturização de câmeras, baterias, microfones e sistemas de controle, mantendo funcionalidades como autonomia, precisão e alcance.
Ainda que promissores, esses dispositivos ultrapequenos ainda não possuem robustez suficiente para missões em campo de batalha, especialmente em ambientes climáticos adversos. Por isso, os militares vêm apostando também em modelos um pouco maiores, como o Black Hornet, drone do tamanho de uma palma da mão, desenvolvido na Noruega e já em uso por exércitos da Alemanha e dos EUA.
Capaz de transmitir vídeos ao vivo em alta definição e operar com quase nenhum ruído, o Black Hornet se tornou referência na área por permitir reconhecimento tático silencioso. Ele dispõe de câmera infravermelha e pode voar por até 25 minutos — um tempo considerado longo para drones desse porte.
Rivalidade tecnológica entre potências
O modelo chinês da NUDT lembra o RoboBee, desenvolvido pela Universidade de Harvard em 2013, que também se inspira em insetos e já é capaz de voar, pousar e até nadar. Porém, a versão norte-americana é maior e voltada principalmente para pesquisas ambientais.
Embora os Estados Unidos também estejam desenvolvendo minidrones com fins militares, pouco se sabe sobre os protótipos em andamento. A Força Aérea americana anunciou em 2021 um programa secreto voltado à produção desses dispositivos, mas não divulgou detalhes sobre prazos ou aplicações específicas.
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