Teste operacionais com equipamentos conhecidos como BodyCam, ou seja, câmeras móveis acopladas ao uniforme de Policiais Militares já estão sendo realizados. O objetivo é monitorar ocorrências no Tocantins, estado em que agressões policias são recorrentes.
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O período de testes começou na semana passada e segue até 5 de maio. Segundo a PM, o objetivo do projeto é subsidiar a avaliação de uma possível compra dos equipamentos para implantar o sistema na instituição.
Ao todo, 10 câmeras foram disponibilizadas pela empresa Motorola para estes testes iniciais. Os equipamentos permitem a gravação de imagens e sons, além de contar com sistema de GPS.
A avaliação está sendo realizada nas unidades do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), 5º BPM, 6º BPM, 8º BPM, Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e no Batalhão de Polícia Militar Rodoviário e Divisas (BPMRED).
“O uso de Bodycams hoje é uma tendência mundial e uma exigência dos órgãos de controle externo. Já são utilizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. É um tipo de tecnologia que é benéfica tanto para o policial quanto para a sociedade, ajudando também na redução de alguns tipos de ocorrências, como o desacato”, afirmou o tenente-coronel Moisés Mecena Barbosa Neto, chefe de TI da PM.
As câmeras corporais na polícia foram introduzidas por volta de 2005 no Reino Unido, sendo aderidas posteriormente, em 2014, pelos Estados Unidos. A proposta é ajudar no policiamento, favorecendo a transparência. No Brasil, ainda há projetos de leis federais discutindo a utilização dos equipamentos.
Agressão policial
No Tocantins há diversos registros de agressões envolvendo policiais militares no exercício da função. Entre os casos mais emblemáticos estão as mortes de Wilque Romano e Leandro Rocha.
O primeiro foi morto com um tiro nas costas dado por policiais durante abordagem em Formoso do Araguaia, no sul do estado. Imagens feitas por um morador mostram a equipe cercando o local mexendo no corpo dele com uma luva.
Leandro Rocha foi atropelado e morto durante uma abordagem no Aureny IV, em Palmas. Na época a PM afirmou que ele havia batido no meio-fio e caído, mas a perícia mostrou que os militares teriam acelerado a viatura e passado por cima dele.