Brasil – A promoção do “jogo do tigrinho” tem gerado incômodo não só no Instagram, mas também no WhatsApp. Muitos usuários relatam que têm sido adicionados a grupos e comunidades do aplicativo sem o seu consentimento, voltados a promover o “Fortune Tiger”, nome oficial do jogo.
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Essas comunidades podem ter até 5.000 integrantes e geralmente seguem um padrão: números estrangeiros, nomes com códigos e fotos de perfil com o desenho de um tigre.
Medidas da Meta e relatos de usuários
A Meta, empresa dona do WhatsApp, informou que está “trabalhando ativamente” para impedir o envio de conteúdo indesejado. No entanto, a empresa ressalta que, assim como acontece com SMS e ligações, outros usuários do WhatsApp ou empresas que possuem o número de telefone podem entrar em contato com você. A Meta recomenda configurar a conta para restringir quem pode adicionar o usuário a grupos.
“Já fui adicionada em uns três grupos de WhatsApp. Em geral, criam grupo, me adicionam e, depois, vira uma comunidade do WhatsApp. Todos do Fortune Tiger e com números estrangeiros”, conta a jornalista Paula Silva, de 30 anos. O analista de marketing Evandro Lira, de 29 anos, compartilha da mesma experiência: “Venho sendo adicionado em muitos grupos. Num primeiro momento, comecei a sair imediatamente. Hoje, o negócio se tornou tão constante que eu já nem tenho dado tanta atenção e demoro mais de um dia para conferir e efetivamente sair”.
Relatos em redes sociais e estratégias de promoção
Além do WhatsApp, há relatos nas redes sociais de abordagens feitas por SMS e até por ligações. No Instagram, também da Meta, as reclamações de pessoas seguidas ou marcadas em fotos por contas suspeitas são numerosas. As contas identificadas pelo g1 no Instagram afirmam que oferecem bônus em dinheiro e que milhares de pessoas já ganharam com o jogo.
No entanto, esses perfis são privados ou não possuem publicações e frequentemente divulgam nomes de usuário de outros perfis que promovem o jogo.