Existe um vídeo célebre da internet, que voltou a viralizar nas redes sociais, embora seja de 2015, demonstrando categoricamente o quanto a realidade da sala de aula é de fato, um recorte do que será a sociedade futuramente. Arthur Booth e Mindy Glazer protagonizam o vídeo de poucos segundos, Mindy é uma juíza de direito em Miami e Arthur é acusado de delito criminal.
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O vídeo prossegue com a juíza chamando o homem para se apresentar diante da corte, no entanto, ao ler nome e sobrenome do acusado, Mindy demonstra um ar de surpresa e questiona: “Arthur, você frequentou a escola Nautilus?”. O homem se espanta, olha bem para o rosto da juíza e começa a se lamentar: “Oh, meu Deus!”, frase que é repetida até o fim do vídeo. Mindy diz lamentar o que aconteceu com o ex-colega, que sempre se questionou o que teria acontecido com ele, pois era um aluno dedicado e inteligente, mas deixou prematuramente a sala de aula.
Esse fato nos faz refletir sobre o assunto: assim como toda pessoa direita e decente de nossa sociedade já foi uma criança, aluno, filho, colega, assim como, toda pessoa que hoje está entregue à práticas criminosas, desonestas. Em alguns casos eles, inclusive, se encontraram em sala de aula, dividindo materiais escolares, fazendo trabalho no mesmo grupo, tendo a mesma professora.
O último censo escolar realizado em Palmas pelo IBGE, deu conta de que a capital tem cerca de aproximadamente 70 mil estudantes matriculados entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Trata-se de um quantitativo considerável, em relação ao número geral da população palmense e esses alunos e alunas farão parte em alguns anos da população adulta da capital, ocupando espaços em diversas áreas profissionais, administrativas e financeiras. Entretanto, também sabemos que as estatísticas demonstram que muitos poderão estar entre aqueles que precisarão de ressocialização, julgamento e punição penal.
Cabe a nós, os adultos de hoje (pais, professores e poderes públicos), proporcionarmos melhores condições de escolha, para nossas crianças, meios de permanência na escola, possibilidades de trabalho e dignidade, formações técnicas aos jovens, incentivos governamentais para que crianças projetem seu futuro da melhor forma. Sabemos que no fim, ainda caberá a cada jovem decidir o que vai buscar se tornar em sua vida, mas não poderá ser por falta de oportunidades de nossa parte.
Dessa forma, quando eles se reencontrarem no futuro, será para celebrar e recordar o que viveram juntos, assim como se alegrarem pelo que se tornaram. O vídeo tem poucos segundos e está disponível no Youtube.