Brasil – Gabriel Barbosa, mais conhecido como Gabigol, enfrentou uma grave acusação e punição no cenário esportivo nacional. Em um julgamento, o atacante do Flamengo foi suspenso por dois anos após ser considerado culpado de fraude no exame antidoping.
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A decisão, tomada após uma sessão de julgamento de pouco mais de duas horas pela Justiça Desportiva Antidopagem, começará a valer a partir de abril, embora ainda caiba recurso.
Este julgamento, iniciado na semana anterior terminou com um placar apertado de 5 a 4 a favor da suspensão de Gabigol. A acusação se baseou na infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que trata de “fraude ou tentativa de fraude em qualquer parte do processo de controle de dopagem”, podendo resultar em uma suspensão de até quatro anos.
Defesa
A estratégia de defesa para Gabigol incluiu o testemunho do bioquímico L.C. Cameron, que discutiu os métodos e técnicas de detecção de substâncias proibidas, enfatizando que não teria havido transgressão pelo atleta do ponto de vista do resultado da colheta. A acusação foi oficialmente apresentada no final de dezembro, com a defesa enviada dentro do prazo legal, incluindo imagens de segurança do Centro de Treinamento Ninho do Urubu para apoiar a versão do jogador.
O julgamento foi realizado de forma online pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), com a primeira sessão durando cinco horas. Gabigol e outras sete testemunhas prestaram depoimento por videoconferência. Durante este processo, foram detalhadas as ações que levaram à acusação de Gabigol, incluindo a demora e a atitude desrespeitosa do atleta no processo de coleta do exame, o que, segundo o artigo 122, caracteriza-se como tentativa de fraude.
A defesa do jogador foi liderada pelo advogado Bichara Neto, conhecido por defender Paolo Guerrero em um caso de doping na FIFA em 2017. Além disso, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, esteve presente para defender Gabigol, demonstrando o suporte do clube ao atleta.