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A inflação dos combustíveis tem provocado outro efeito além do peso maior no bolso dos consumidores. Na capital paulista, por exemplo, um levantamento a Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor aponta crescimento de 66% nos inquéritos instaurados por adulteração nos postos.
Segundo o portal Metrópoles, foram 8 inquéritos contra donos de postos de combustíveis neste ano, contra 35 em todo o ano passado. O levantamento considera apenas casos em que a perícia constatou que o combustível foi adulterado. Operações de fiscalização foram 235.
“Com a alta do combustível, quadrilhas viram mais vantagens em vender combustível com percentual maior de álcool”, afirma ao portal o delegado Antônio José Pereira, chefe da Divisão.
Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a gasolina já é vendida a R$ 7 o litro na cidade. Em outubro do ano passado custava cerca de R$ 5, aumento de 40%.
Além da adição indevida de água ou solvente, por vezes os fraudadores também acrescentam álcool anidro em porcentual superior aos 27% permitidos de mistura.
José pereira diz que os criminosos estão ficando mais sofisticados e a perícia se torna mais difícil, além disso, ele defende uma pena mais dura para quem praticar o crime.
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“É muito difícil ter flagrante. Normalmente o funcionário guarda um controle no bolso que controla a mistura de álcool”, explica o delegado.
“Adulteração de combustível dá lucro maior do que o tráfico de drogas. Mas no tráfico o criminoso vai para a cadeia em regime fechado. Normalmente a pena de adulteração não ultrapassa cinco anos de detenção”, adiciona.