A Petrobras anunciou um novo reajuste nos preços dos combustíveis nesta segunda-feira (25). A gasolina vai subir 7% nas refinarias e o diesel, 9%. Os novos valores já valem a partir desta terça-feira (26) e, assim a gasolina já acumula alta de 73% no ano e o diesel, de 65,3%. As altas devem ter reflexos nos preços do frete, pressionando ainda mais a inflação.
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Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro vinha sinalizando que os combustíveis teriam novo aumento. No domingo, ele voltou a falar isso e disse que, diante nos preços maiores do petróleo, não tinha como intervir na Petrobras.
“Eu não tenho como interferir na Petrobras. Tenho falado com Guedes sobre o que vamos fazer com ela no futuro. A gente não vai interferir no preço de nada. Infelizmente pelos números do petróleo lá fora, infelizmente, nós teremos reajuste no combustível”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, no domingo.
Desde o último aumento da gasolina, o petróleo já subiu quase 4%. Nesta segunda-feira, o barril do tipo Brent, referência no mercado internacional, segue em alta, cotado a US$ 86,35 o barril.
O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro.
Para o consumidor final, o reajuste é diferente, pois reflete o lucro das distribuidoras e impostos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio da gasolina no país alcançou R$ 6,36 o litro na semana passada. Em algumas cidades, já passou de R$ 7.
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Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro.
Petrobras explica novo reajuste
Em nota, a estatal disse que “o alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro”.
Na semana passada, a Petrobras admitiu que poderia não atender a demanda das distribuidoras no mês que vem e passou a avaliar a importação de combustíveis para evitar o desabastecimento.
Os ajustes, disse a empresa, refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio.
O dólar aumentou 2% desde o último reajuste da gasolina, fechando em R$ 5,6302 na última sexta-feira. Hoje, opera em queda, mas ainda acima de R$ 5,60.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a estatal em comunicado.