O Brasil conta atualmente com 144 unidades de pesquisa voltadas à inteligência artificial (IA), consolidando sua posição como um dos principais polos da tecnologia na América Latina. Os dados são do estudo O Panorama Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial, divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Segundo o levantamento, o país ocupa a 13ª posição mundial em produção científica sobre IA, reforçando sua relevância no cenário acadêmico e tecnológico global.
Onde estão os principais centros de IA no Brasil?
A maior concentração de centros de pesquisa está nas regiões Sudeste e Nordeste. O estado de São Paulo lidera com 41 unidades, seguido pelo Amazonas com 22, Rio de Janeiro (14), Minas Gerais (13) e Pernambuco (10).
Para o CGEE, esse padrão de distribuição regional reflete investimentos históricos e políticas públicas recentes, voltadas ao fortalecimento das capacidades tecnológicas fora do eixo tradicional.
Quais os setores que mais investem em IA no Brasil?
De acordo com o estudo, os principais setores que abrigam centros de IA no Brasil são:
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Indústria e manufatura: 30 unidades
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Saúde: 25 unidades
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Aplicativos corporativos e gerenciamento: 20 unidades
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Mobilidade e logística: 15 unidades
Esses dados apontam para uma priorização estratégica de áreas com alto potencial de impacto econômico e social, como a manufatura avançada e os serviços de saúde, e indicam a formação de ecossistemas regionais de inovação, onde a proximidade entre empresas, universidades e governo facilita a colaboração.
Quanto o Brasil está investindo em IA?
O estudo estima que os investimentos públicos em IA devem alcançar R$ 22 bilhões até 2028. A pesquisa destaca ainda que, para cada real investido pelo setor público, o setor privado contribui com R$ 3,34, o que revela uma alta capacidade de atração de capital privado para o setor.
Além da indústria e da saúde, iniciativas promissoras também têm surgido em áreas como ciências da vida, energia e agricultura, mostrando a versatilidade e a transversalidade da IA no desenvolvimento nacional.