2 de maio de 2024 08:03

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Mulher que denunciou 12 homens por estupro em festa de PMs em SP ficou grávida após abusos

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Mulher que denunciou 12 homens por estupro em festa de PMs em SP ficou grávida após abusos

A mulher de 33 anos que alega ter sido estuprada por 12 homens, sendo 11 policiais militares, engravidou após a violência sexual sofrida em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ao site g1, ela revelou ter interrompido a gravidez com quatro meses.

Segundo a vítima, que não terá a identidade divulgada, o estupro ocorreu em agosto durante uma festa em uma casa alugada por um grupo de PMs, localizada na Avenida Hans Stadem, no bairro Balneário Praia do Pernambuco. A Polícia Militar informou ter instaurado uma sindicância para apurar a participação de agentes no crime.

A mulher afirmou ter interrompido a gestação na 21ª semana [quarto mês] por demorar para descobrir que estava grávida, já que não menstrua normalmente, e pela forma como tudo aconteceu. Ela ressaltou que também não se relacionou com outras pessoas durante o período.

“Em nenhum momento eu quis dar continuidade nessa gravidez, infelizmente”, desabafou.
Gravidez interrompida

A mulher revelou que já é mãe de duas crianças. Ela acrescentou que não poderia aproveitar a expectativa pelo nascimento do bebê, porque não foi fruto de uma relação sexual consensual.

“Sabe quando você está grávida, seja casada ou namorando, e começa a pensar: ‘Será que vai nascer com o olhinho do pai ou da mãe?’. Eu não tive essa vontade”, disse.

Mulher que denunciou 12 homens por estupro em festa de PMs em SP ficou grávida após abusos

Mulher que denunciou estupro em festa de PMs ficou grávida após abusos e interrompeu gestação — Foto: Arquivo Pessoal

O caso

A mulher contou ter sido convidada para a festa, que tinha aproximadamente 20 pessoas, sendo a maioria de homens, junto com uma amiga. Ela acredita ter sido ‘dopada’ enquanto ingeria bebidas alcoólicas no local.

A vítima afirmou que, incialmente, teve uma relação consensual com um dos integrantes da festa em um quarto no imóvel. Ela complementou que, após “apagar” no cômodo, os demais a estupraram.

Os detalhes sobre o estupro, além dos que ela se recorda, foram contados por um amigo dela que também estava na festa e disse ter sido o responsável por “interromper” os abusos.

Ele teria dito à vítima que entrou no quarto e conversou com os demais sobre o crime, no entanto, ela acredita que ele, o único que não faz parte da PM, também participou do ato.

Caso é oficiado
Conforme apurado pelo g1, após a repercussão do caso, a deputada estadual Beth Sahão (PT) oficiou, nesta quinta-feira (1º), o caso junto à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo e também à Secretaria de Segurança Pública do estado.

No ofício, obtido pela equipe de reportagem, a deputada pede pela apuração da denúncia por parte dos dois órgãos.

Secretaria de Segurança de SP
A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) informou, em nota, que a Polícia Civil investiga o caso de “estupro de vulnerável” denunciado pela mulher.

Segundo a SSP-SP, foram requisitados exames sexológico e médico para a vítima. O caso foi registrado por ela na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital paulista e encaminhado para a DDM de Guarujá, que segue as investigações.

“Diante da gravidade da denúncia, a Polícia Militar informa que instaurou uma sindicância para apurar a participação de policiais militares no crime”, complementou a SSP.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

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