As pessoas das gerações passadas têm o costume de comparar com nostalgia as coisas, como eram em seu tempo e sempre suspirarem dizendo: naquela época que as coisas eram boas de verdade! Entretanto se você parar um segundo para analisar, vai notar que naquela época estavam seus pais e avós dizendo a mesma coisa, então, isso significa que as melhores épocas já passaram e nos restam apenas um futuro incerto e triste para nossos filhos?
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É uma questão delicada, você enquanto adulto é o referencial de mundo para seus filhos e alunos, se eles ouvirem você dizer que as melhores épocas foram aquelas, em que sua criança não havia nascido, que futuro restará para eles no fim das contas? Nós precisamos ser encorajadores de nossas crianças, de que o futuro poderá ser melhor, se eles se propuserem a construí-lo desde agora. Não falar com eles como se tivessem desperdiçando seus esforços em um futuro já condenado.
Muitos jovens hoje se veem perdidos em um mundo cada vez mais plástico, com filtros artificiais da realidade, por este motivo, se afundam em seus próprios pensamentos e ilusões, nas redes sociais, nos entorpecentes e em relacionamentos tóxicos. Nosso papel enquanto pais e educadores, é garantir que eles tenham o incentivo correto para se levantar e construir o futuro que eles esperam! Podemos nos lembrar sim, com nostalgia e boas memórias de quando fomos jovens e sonhadores (e você ainda pode sonhar, você não está morto!), mas jamais deixá-los pensar que nasceram tarde demais para conseguir aproveitar qualquer coisa desse mundo.
Você já deve ter visto um monumento discreto (em amarelo ouro) na Praça dos Girassóis, próximo ao ponto geodésico, chamado Súplica dos Pioneiros. Se trata de estátuas de algumas pessoas e um cordeiro (por algum motivo), simbolizando o que seria uma família chegando à Palmas, em busca de oportunidades, há oito pessoas representadas no monumento, dois adultos e seis crianças, bem propício, pois a construção de grandes coisas podem até ser iniciado pelos adultos, mas geralmente é concluído por suas gerações futuras, por isso as crianças devem ser sempre a maioria, em grandes projetos.
Chega de dizer que “a minha época é que era boa”, pois a sua época é aquela em que você se encontra até o dia de sua morte, se você está lendo isso, saiba que sua época é hoje. Cabe a nós incentivarmos os nossos filhos e alunos, propondo que, se em nossa época as coisas já foram boas, a deles será melhor, se estiverem dispostos a construir essa realidade, aproveitando cada oportunidade de serem pessoas melhores.
Professor Wesley Santos
Pesquisador, Pedagogo