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Nesta quinta (4), Jair Bolsonaro voltou atrás em sua promessa de diminuir o número de ministérios do país e defendeu que o Brasil deveria ter mais pastas que as 23 atuais.
“Quando a gente não está no governo tem um pensamento, quando vai (para o governo) muda muito. Pelo tamanho o Brasil pode ter mais de 23 ministérios. Um país pequeno pode ter uma cúpula menor. O tamanho do Brasil não justifica”, afirmou o Presidente durante a cerimônia de abertura do leilão das bandas de comunicação 5G.
Na época de campanha, Jair Bolsonaro prometeu uma estrutura com apenas 15 ministérios, mas nunca chegou a isso. Dos 29 que recebeu de Michel Temer, tomou posse com 22. Em junho do ano passado, após a criação do Ministério das Comunicações, o número de pastas chegou a 23. Em fevereiro deste ano, com a autonomia do Banco Central, voltou a 22, mas com a restituição da pasta do Trabalho, voltou aos 23.
O Presidente ainda discursou que se tivesse a mesma sabedoria que tem hoje no início de seu mandato, não teria extinto o Ministério da Pesca, que é hoje uma secretaria especial, ocupada por Jorge Saif, um dos maiores seguidores e defensores do bolsonarismo.
O governo de Bolsonaro sofre uma pressão do centrão para ocupar cada vez mais espaço no primeiro escalão e pela abertura de novas pastas. As áreas que mais correm esse risco são principalmente as unificadas no Ministério da Economia, como Planejamento e especialmente Comércio Exterior e Indústria.