Palmas – Na noite de 9 de outubro de 2022, Briner César Bitencourt, de 22 anos, passou mal dentro da Unidade Penal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado duas vezes.
- Publicidades -
Na primeira chamada, o presídio negou sua transferência para uma unidade hospitalar, conforme áudios que reforçam a alegação de omissão de socorro feita pela família.
Briner faleceu na madrugada de 10 de outubro em uma UPA da região sul de Palmas. No mesmo dia, a ordem de soltura foi emitida, após ele ser inocentado das acusações de tráfico de drogas.
Confira abaixo o áudio disponibilizado pelo G1 Tocantins:
https://www.instagram.com/p/C7jZWSsOIal/
Samu alerta presídio sobre a gravidade do caso
Durante as conversas, os socorristas do Samu alertaram as equipes do presídio sobre a necessidade de atendimento profissional para Briner. Em um dos áudios, uma servidora do Samu relata que o presídio queria aguardar até o dia seguinte para que ele fosse avaliado.
O médico da central insistiu que, devido à hipotensão, Briner deveria ser levado imediatamente para a UPA.
Pedido de indenização e investigação em curso
Após a morte de Briner, a advogada Lívia Machado protocolou uma ação em 25 de maio pedindo indenização do Estado para a família. Briner, que trabalhava como entregador de lanches em Palmas, ficou preso injustamente por um ano, acusado de tráfico de drogas. Sua sentença de inocência saiu em 7 de outubro, mas o alvará de soltura foi emitido somente na segunda-feira à tarde, 10 horas após sua morte na UPA.
A investigação policial sobre a morte de Briner continua em andamento, sob sigilo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o inquérito é complexo e demanda tempo para apuração. Uma sindicância interna sobre a conduta dos policiais penais foi arquivada, pois não foram encontrados indícios de infração disciplinar ou ilícito penal. A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) afirmou que prestou todo o suporte médico necessário.