No norte do Tocantins, em Araguaína, uma surpresa inesperada tomou conta de uma família. Após revirar os antigos pertences do falecido pai, seus dois filhos encontraram uma mala que guardava quase 32 milhões em moedas do século passado. O tesouro herdado está todo em Cruzados, datados da década de 1980. As notas e moedas são estampadas com imagens de políticos e personalidades da época.
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“Chegou o tempo que ele faleceu, nós entramos na casa dele e não mexemos em nada. Até que encontramos uma mala cheia de dinheiro”, contou o técnico de manutenção Waloar Pereira Magalhães.
Após analisar a descoberta, a família fugiu de um sonho e voltou à realidade: a fortuna encontrada não possui valor atualmente. O Cruzado foi substituído ao longo dos anos por outras moedas, como Cruzado Novo (1989-1990), Cruzeiro (1990-1993), Cruzeiro Real (1993-1994) até chegar ao Real que circula nos dias atuais.
O presidente do Clube Numismático do Rio de Janeiro, André Luiz Padilha, explica que parte da desvalorização das moedas se deu por conta do modo como elas foram armazenadas pelo pai deles.
“O fato de ele ter encontrado as cédulas dobradas, já todas unidas, com manchas, marcas, dobras, e por serem cédulas que tiverem uma grande produção, uma grande impressão, elas têm um valor numismático já muito baixo comparado às cédulas muito novas. Então, para as cédulas gastas já não tem mais valor nenhum”, afirma.
A numismática é o estudo das moedas e outros objetos com formato de moeda, como fichas e medalhas. Em alguns casos pode-se conseguir um valor considerável vendendo cédulas raras para colecionadores.
