O Tocantins recebeu nesta quinta-feira (23) o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento de última geração incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do câncer de mama do tipo HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da doença. A remessa faz parte do envio nacional de 11.978 unidades distribuídas pelo Ministério da Saúde (MS), das quais 70 frascos foram destinados ao Estado.
A medicação chegou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que será responsável pela dispensação conforme os protocolos clínicos vigentes. O HER2-positivo é um subtipo que estimula o crescimento acelerado das células tumorais, exigindo tratamentos mais específicos e potentes.
Avanço na oncologia pública
O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do MS, José Barreto, destacou o impacto da nova terapia no sistema público.
“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo”, afirmou.
O Ministério da Saúde informou que o envio será feito em quatro lotes, com novas entregas previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026, garantindo o atendimento integral de 1.144 pacientes ainda neste ano.
Investimento e economia
O investimento total na compra do medicamento é de R$ 159,3 milhões, para aquisição de 34,4 mil frascos-ampola (17,2 mil de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg). A negociação foi feita com redução de cerca de 50% no preço de mercado, o que gerou economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliou o acesso ao tratamento no SUS.
Tratamento e ampliação do acesso
O Trastuzumabe Entansina é indicado para pacientes que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio III. A nova terapia amplia as opções de tratamento e melhora as perspectivas de controle da doença e de qualidade de vida das pacientes.
Além disso, o Ministério da Saúde planeja ampliar o acesso a outros medicamentos modernos, como inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), usados no tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2-negativo.
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