O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deu início à construção dos acessos à ponte sobre o Rio Araguaia, que liga os municípios de Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA). A estrutura principal, avaliada em mais de R$ 200 milhões, já está concluída desde o início de 2025, mas ainda não pôde ser utilizada devido à falta dos acessos.
Segundo o DNIT, a execução dos aterros de encabeçamento e a ligação da ponte à estrada dependiam da desapropriação de imóveis nas margens do rio. Com a conclusão dessa etapa, a previsão é que o tráfego na ponte seja liberado até dezembro de 2025.
Obras complementares e investimentos
Além dos acessos, o projeto inclui obras complementares como ruas marginais nos dois municípios e um contorno viário em Xambioá, para melhorar o fluxo urbano e aumentar a segurança no entorno. O investimento federal nesta etapa, por meio do Novo PAC, é de R$ 28 milhões.
Nesta fase, o DNIT executa os aterros de encabeçamento e realiza serviços de terraplenagem, colchão drenante e gabião. Até o momento, foram concluídos 52,10% da terraplenagem, 65,70% do colchão drenante e 25,54% do gabião. Também foi finalizado o bueiro celular de 2,50 x 2,50 metros.
Os acessos à ponte terão 2.010 metros de extensão, sendo 310 metros no lado paraense e 1.700 metros no lado tocantinense.
Integração regional e logística estratégica
De acordo com o superintendente regional do DNIT no Tocantins, Luiz Antônio Garcia, a ponte representa um marco logístico e estratégico para o desenvolvimento do Norte do país.
“Essa obra é fundamental para o escoamento da produção e a integração entre Tocantins e Pará. A ponte sobre o Araguaia vai reduzir custos de transporte e fortalecer a competitividade regional”, afirmou.
A estrutura faz parte do corredor logístico da BR-153, que interliga importantes polos de produção agrícola e industrial.
Histórico e evolução da obra
A ponte tem 1.724 metros de extensão e deve beneficiar mais de 1,5 milhão de pessoas. O Consórcio A. Gaspar/Arteleste/V. Garambone é o responsável pela execução da obra.
O contrato foi assinado ainda em 2017, no governo Michel Temer. A previsão inicial era de início em 2018 e conclusão em três anos. No entanto, disputas judiciais atrasaram o cronograma, e a ordem de serviço foi emitida apenas em 2020.


