Em Araguaína, norte do Tocantins, 1.553 casos de dengue foram confirmados de janeiro a setembro desse ano. A prefeitura da cidade informou que há um crescimento de 352% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação número aos casos com sinais de alarme, em que há probabilidade de morte, o crescimento foi de 472%, saindo de 25 para 143.
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O volume de chuvas e o calor são ambientes favoráveis para a proliferação do mosquito. Mas além do clima, sorotipos que estavam ausentes há sete anos voltaram a circular na região norte, o que contribuiu para o aumento no número de casos neste ano e também para o risco de epidemia.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, do CCZ, Mariana Parente, há quatro tipos de dengue: 1, 2, 3 e 4. Ela explica que a volta dos tipos ausentes há anos é um perigo porque muitas pessoas ficaram imunes somente ao tipo que circulou nos últimos anos.
“Existem 4 sorotipos e eles estão sempre mudando, de ano a ano. E se eu pegar o dengue 1 e me recuperar, fico imune a ele. Se pegar dengue 4 vezes eu estou imune para sempre. Só fica imune contra o tipo que pegou”, explicou a coordenadora.
São dois tipos que voltaram a circular região após muito tempo. “No caso de Araguaína, por muito anos ficou circulando o tipo 4, desde a última epidemia em 2012. E a partir do ano passado voltaram os tipos 1 e 2, que são os piores, por isso aumentou muito o número de casos aqui e no estado”, explicou.
Em relação ao zika vírus, o número de casos confirmados caiu de seis para três esse ano. A Chikungunya também apresentou queda de 36%. Ano passado, foram registrados 36 moradores com a doença. Já esse ano, 23. “Como só existe um tipo para cada um destes vírus a tendência é de que continue em queda”, afirma Mariana.
A prefeitura disse que contribui para o combate ao mosquito por meio de várias ações, como visitas domiciliares dos agentes de combate de endemias e palestras em unidades escolares, além de mutirões e orientações em eventos realizados nos bairros.
Os moradores também podem colaborar com a diminuição dos focos denunciando locais onde há possíveis criadouros. O CCZ disponibiliza o disque-denúncia para ligações gratuitas: 0800 646 7020.