Na noite desta segunda-feira (25), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou que o bimotor, que caiu neste último domingo (24) em Luzimangues, em Porto Nacional, estava em dia com sua manutenção. A agência informou que a aeronave estava apta para voar, mas não tinha autorização para realização do serviço de táxi aéreo.
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O Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) diz que o avião está em nome da construtora Meirelles Mascarenhas Ltda, que é sediada em Redenção (PA). Os telefones registrados em nome da empresa no Portal da Transparência retornam mensagem de que se tratam de números inexistentes.
No domingo o Palmas informou que o avião tinha sido adquirido a pouco tempo pelo presidente do clube, Lucas Meira e estava em fase de transferência. Nesta segunda, a Anac negou ter recebido qualquer pedido de transferência relacionada ao bimotor. O Palmas foi novamente procurado para comentar o caso, mas ainda não retornou com os detalhes sobre a transação. A equipe reafirmou que o voo não era remunerado.
A Anac detalhou ainda que o avião podia ser usado apenas pelos proprietários ou em voos não remunerados. Os dados do registro indicam ainda que o bimotor foi transferido para o nome da construtora em outubro de 2020 e tinha certificado válido até maio de 2021.
O site da Aeronáutica indica, em registro público, que esta mesma aeronave se envolveu em um acidente em 2014. Na época, a conclusão foi de que o piloto esqueceu de baixar o trem de pouso no momento da aterrisagem causando danos substanciais nas hélices. Não há qualquer indicação de que os dois acidentes estejam relacionados.
A Anac disse que está apurando “o tipo de transporte executado no momento do voo para averiguar se houve alguma irregularidade na prestação do serviço”.
Equipes da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal estiveram no local da queda nesta segunda-feira e colheram evidências por cerca de três horas. A investigação sobre as causas do acidente ainda não tem data para terminar.