Na noite de quarta-feira (13), duas explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, próximo ao Supremo Tribunal Federal e ao anexo IV da Câmara dos Deputados. As detonações deixaram uma pessoa morta, identificada como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que era o proprietário do veículo que explodiu no local. Além disso, fogos de artifício e tijolos foram encontrados no porta-malas do carro.
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Quem era Francisco?
A Polícia Militar do Distrito Federal isolou a área e intensificou o policiamento em pontos críticos da capital, inclusive no aeroporto. Segundo relatos, Francisco, que também concorreu a vereador em 2020 pelo Partido Liberal em Rio do Sul (SC) e não foi eleito, teria cometido suicídio utilizando um explosivo.
Investigações preliminares apontam que ele agiu sozinho. Testemunhas informaram que Luiz estava com uma mochila e agiu de forma suspeita antes das explosões, manipulando artefatos explosivos em frente a uma estátua da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, um guarda do STF presenciou o momento em que os artefatos foram detonados.
O histórico de Francisco inclui postagens radicais nas redes sociais, com ameaças de violência a figuras públicas, incluindo jornalistas e políticos. Essas mensagens foram apagadas após o incidente, mas indicavam uma possível premeditação para o ataque, sugerindo até outras etapas do atentado que terminariam no sábado seguinte (16).
O caso continua sob investigação da Polícia Federal, com colaboração de grupos especializados, incluindo o Comando de Operações Táticas e o Grupo Antibombas. A motivação ainda está sendo apurada, mas a segurança do STF e de outras instituições públicas foi significativamente reforçada, dado o histórico de ameaças desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e incidentes subsequentes envolvendo a segurança dos ministros.