Na manhã desta sexta-feira (18), o corpo de Valbiano Marinho da Silva, morto durante uma sequência de assassinatos em Miracema do Tocantins, foi exumado. A Polícia Civil teria solicitado o procedimento para extrair uma bala que ficou alojada na coluna dele.
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O homem é o principal suspeito de ter matado o policial militar Anamon Rodrigues de Sousa. Depois do crime, além de Valbiano, o pai e o irmão dele e outras três pessoas foram mortas.
A exumação ocorreu no cemitério de Miracema. O procedimento é acompanhado por equipes da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins.
No pedido da exumação, a extração da bala é apontada como imprescindível para a investigação do crime. A medida pode ajudar também a confirmar se todas as mortes estão conectadas, já que será possível comparar os projéteis encontrados nas outras vítimas com a bala alojada em Valbiano.
A bala é retirada no terreno do cemitério. Logo depois o corpo volta a ser enterrado.
A sequência de crimes
Tudo começou na noite da sexta-feira (4), depois que o 2º sargento da Polícia Militar, Anamon Rodrigues de Sousa, de 38 anos, morreu durante uma troca de tiros. Ele estaria levantando informações em campo para uma operação policial quando foi morto.
Após o crime houve uma sequência de mortes. Entre os mortos está Valbiano Marinho da Silva, de 39 anos, suspeito de matar o policial. Ele foi assassinado em casa.
Horas depois o pai e irmão dele, Manoel Soares da Silva, de 67 anos, e Edson Marinho da Silva de 37 anos, foram mortos a tiros dentro da delegacia da Polícia Civil de Miracema por 15 homens encapuzados e armados. Vídeos mostram parte dos depoimentos de pai e filho momentos antes do ataque acontecer.
Laudos preliminares sobre as mortes concluíram as vítimas receberam ”incontáveis” tiros de vários calibres.
Outros quatro jovens foram baleados na cidade. Destes, três morreram e um sobreviveu ao ataque. As vítimas que não resistiram são: Pedro Henrique de Sousa Rodrigues, Aprigio Feitosa da Luz e Gabriel Alves Coelho.
Os três foram foram executados com um tiro na cabeça cada um e os corpos foram encontrados por volta de 10h de sábado (5) em Miracema. Nenhum tinha passagem pela polícia.
Nesta última sexta-feira (11) o Ministério Público ouviu testemunhas dos crimes com a participação de delegados que atuam no caso. O órgão afirmou que os grupos especializados “foram acionados pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, para atuarem em conjunto nas investigações”.