Conhecido como Luxúria, ou LX, Wagner de Oliveira Costa, de 28 anos, liderança de uma facção carioca atuante no Tocantins, foi transferido do presídio de Mata Grande, na cidade de Rondonópolis (MT), para a Unidade Prisional de Palmas após investigações da polícia apontarem ele como mandante de vários homicídios que ocorrem no primeiro semestre de 2023 na Capital.

Ele havia sido preso no MT por participar de um assalto na cidade de Cametá (PA), na modalidade novo cangaço.

Coletiva de imprensa

O Jornal Sou de Palmas marcou presença em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20) promovida pela Polícia Civil do Tocantins para apresentar os detalhes que levaram à prisão de Luxúria, considerado uma das maiores lideranças do crime organizado no Tocantins

A representação pela prisão de Luxúria se deve à suspeita de seu envolvimento na morte de Wesley Dias Carvalho, 37 anos, que ocorreu no dia 3 de junho deste ano. O delegado responsável pelas investigações disse que além desse, mais mortes estão na conta do criminoso.

Wesley, vulgo Gringo, foi morto por volta de 13h30, quando trabalhava em restaurante da quadra 112 Sul. Ele foi surpreendido por dois homens em uma moto que chegaram e começaram a atirar. No momento dos disparos, o atirador acabou acertando dois tiros no próprio comparsa, lesionando o mesmo no abdômen e também no braço. O suspeito ferido foi preso logo após receber atendimento médico no Hospital Geral de Palmas (HGP).

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Ameaça a policiais

A morte de Wesley está entre as 96 ocorrências de homicídios ocorridas no primeiro semestre na Capital. Durante as investigações desses crimes, Luxúria e Carlos Augusto Silva Fraga, o Dad Charada foram apontados como principais envolvidos. Este último foi localizado em Passo Fundo (RS) e recambiado para o Tocantins no dia 11 de julho, encaminhado para unidade prisional de Palmas e, posteriormente, transferido para o Presídio Barra da Grota, em Araguaína, onde foi encontrado morto no dia 23 de julho.

A partir da morte de Dad Charada, os policiais começaram a receber ameaças da facção liderada por LX. Um informante, ligado ao grupo, deu detalhes do plano de morte a ser executado contra um dos policiais. Desde então, todos andam escoltados, bem como seus familiares.

Apesar das ameaças e intimidações, as investigações continuaram no sentido de encontrar LX, tido como o organizador do plano de mortes.

“Conseguimos localizar LX e representamos por um mandado de busca e apreensão em seu endereço em Rondonópolis. Quando estávamos nos organizando para deflagrar a operação, fomos surpreendidos com a prisão dele, exatamente no mesmo endereço. Como o objetivo da busca era colher material para os inquéritos em andamento e os mesmos já haviam sido recolhidos, representamos novamente, mas dessa vez pela prisão preventiva, a qual foi prontamente deferida”, destacou o delegado.

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