Uma jovem de 21 anos é investigada pela Polícia Civil por inventar uma gravidez falsa e aplicar um golpe emocional e financeiro contra um homem de 30 anos, com quem havia mantido um relacionamento casual. Durante os supostos nove meses de gestação, a vítima realizou transferências frequentes de dinheiro, totalizando um prejuízo estimado em R$ 2.500 a R$ 3 mil.
Segundo o delegado Jacson Ribas, a mulher alegava estar em uma gravidez de risco e solicitava valores para consultas, medicamentos, além de organizar rifas e um chá revelação para arrecadar recursos. “Ela passou a solicitar dinheiro para consultas e remédios. Ele acreditava e fazia transferências semanalmente ou mensalmente”, informou o delegado.
Como o golpe foi aplicado
O caso começou em fevereiro de 2024, quando a mulher comunicou ao homem que estaria grávida. Embora o relacionamento já tivesse terminado, a vítima acreditou nas alegações, ainda mais após a suspeita enviar fotos de uma suposta barriga de gestação.
Durante o período, o homem tentou ver a mulher e o bebê, mas ela sempre inventava desculpas para evitar os encontros. Após o suposto nascimento, a mulher passou a postar fotos de uma criança nas redes sociais, marcando o ex-companheiro como pai, aumentando a pressão emocional para novas transferências.
Eles chegaram a agendar um teste de DNA em uma clínica de Gurupi, mas a mulher não compareceu. Pouco depois, ela anunciou nas redes sociais a “morte” da criança fictícia, publicando notas de pesar.
Desconfiado, o homem procurou informações e foi informado pela mulher que uma funerária havia recolhido o corpo — versão que, posteriormente, não se confirmou. A partir daí, ele registrou a ocorrência e o inquérito foi instaurado.
Em depoimento, a suspeita afirmou que teria perdido o bebê em casa após um sangramento, mas não apresentou exames médicos nem registros hospitalares que comprovassem a gestação ou o aborto.
Encaminhamento do caso
O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. A mulher pode responder por estelionato, crime que prevê pena de 1 a 5 anos de prisão.