A 33ª edição da Marcha para Jesus, realizada nesta quinta-feira (19/6) em São Paulo, voltou a reunir multidões e contou com a presença de lideranças políticas, como o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes, ambos próximos de comunidades evangélicas. O evento, que percorreu a Zona Norte da capital, teve início na região da Luz e seguiu até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próximo ao Campo de Marte, reunindo cerca de 2 milhões de pessoas em mais de 20 mil caravanas, segundo os organizadores.
O presidente da Marcha para Jesus, Estevam Hernandes, destacou em entrevista a expectativa por um evento de “orações pela paz e pela nação”. “Temos basicamente dois públicos: as famílias, principalmente na caminhada, e jovens na faixa dos 20 anos para os shows”, explicou.
Durante o trajeto, Tarcísio de Freitas caminhou ao lado de Hernandes com uma bandeira de Israel sobre os ombros — símbolo que se repetiu entre muitos participantes. Discursos de solidariedade aos judeus sionistas marcaram falas de lideranças religiosas, enquanto temas mais diretos relacionados a conflitos no Oriente Médio foram evitados. O empresário Claudio Lottemberg, liderança da comunidade judaica brasileira, também acompanhou a marcha, destacando a união entre judeus e cristãos.
Em mensagem enviada aos participantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou da sanção da lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, durante seu segundo mandato. A carta foi lida pelo Advogado-Geral da União, Jorge Messias, que representou o chefe do Executivo. “Como cristão, me emociono com a alegria que brota da fé do nosso povo. E como presidente da República, reafirmo meu compromisso com a liberdade religiosa e o respeito à diversidade de crenças, porque a pluralidade religiosa é uma das maiores riquezas da nossa democracia”, escreveu Lula.
A programação musical começou por volta das 12h e seguiu durante toda a tarde e início da noite, atraindo principalmente o público jovem.