Brasil – A decisão de doar órgãos depende da família, por isso é essencial que a pessoa informe seus familiares sobre sua vontade ainda em vida. Atualmente, existem duas maneiras para isso: pela carteira de identidade e pela autorização eletrônica para doação de órgãos.
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A realidade da fila de espera por órgãos
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 43 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão, sendo a maioria delas (mais de 40 mil) aguardando por um rim. Embora o Brasil seja referência mundial em transplante de órgãos, ainda enfrenta desafios para conseguir doadores, resultando na morte de muitas pessoas enquanto esperam.
Caminhos para ser um doador de órgãos
Com a nova carteira de identidade, é possível se identificar, no verso, como doador de órgãos após a morte. Ao solicitar o novo documento, basta informar o desejo de inclusão dessa informação, permitindo que a equipe médica e a família sejam informadas sobre a intenção de doação. O documento também inclui o tipo sanguíneo e o fator RH.
Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos
Desde abril deste ano, é possível formalizar a vontade de doar órgãos através de uma autorização eletrônica, reconhecida em cartório. O processo é totalmente digital e gratuito, feito pelo site www.aedo.org.br. Após preencher o formulário e enviar, o cartório realiza uma confirmação por chamada de vídeo. A Central Nacional de Doadores de Órgãos, ao consultar o CPF, notificará a família sobre a vontade do doador.
Quem pode doar e quais órgãos são doáveis?
Somente pessoas com morte encefálica podem doar órgãos sólidos, como rim e coração. Córneas podem ser doadas por qualquer pessoa, independentemente de como ocorreu a morte, e a medula óssea só pode ser doada em vida. Doenças como diabetes, hipertensão e hepatites B e C não impedem a doação, desde que os órgãos estejam saudáveis.
Existem impedimentos para doação, como infecções graves nos órgãos, HIV e câncer. Órgãos como coração, fígado, intestino, pâncreas, pulmão, rim e córnea podem ser doados. Cada órgão tem um tempo específico para ser transplantado, conhecido como tempo de isquemia fria.
A fila de transplantes no Brasil
No Brasil, os transplantes são realizados pelo SUS, e os pacientes são cadastrados em uma lista nacional de espera, organizada por estado e região.
A prioridade é determinada por localização, compatibilidade imunológica, gravidade e tempo de espera na fila.