A família de Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, morto em 2022 na própria festa de aniversário pelo policial penal Jorge Guaranho, receberá uma indenização de R$ 1,7 milhão, após acordo celebrado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e homologado pela Justiça Federal da cidade na última quarta-feira (6).
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A indenização que será paga pela União, conforme a AGU, se justifica porque “o autor do crime se valeu da condição de agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo utilizando uma arma de propriedade da União”, diz comunicado do Governo Federal.
Segundo a AGU, o valor pago na indenização se refere também ao danos morais causados a companheira dele, Pâmela Silva, e aos quatro filho de Marcelo, além de valor relativo à pensão que estava sendo devida aos filhos, sendo proporcional a idade de cada um.
Conforme decisão, a AGU vai ingressar na sequência com uma ação para cobrar de Jorge Guaranho, acusado pelo crime, o ressarcimento do valor de indenização que será pago pela União para a família de Marcelo.
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O processo
O acordo foi realizado após os familiares de Marcelo entrarem com uma ação contra a União cobrando indenização pelo crime cometido pelo agente público, o policial penal Jorge Guaranho.
Com a homologação do acordo, o processo foi extinto em relação aos cinco familiares, a esposa e quatro filhos de Marcelo.
O processo, no entanto, continuará tramitando em relação à ex-esposa de Marcelo, que também acionou a Justiça para cobrar indenização, apesar de na época do crime já não ter mais o vínculo conjugal com Marcelo.
O crime
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Marcelo foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022.
Marcelo deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.