28 de abril de 2024 07:25

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Crime sem solução: Assassinato de MC Daleste completa 10 anos sem respostas sobre autoria

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Crime sem solução: Assassinato de MC Daleste completa 10 anos sem respostas sobre autoria

O assassinato de MC Daleste completa dez anos nesta semana sem que as autoridades tenham obtido respostas sobre autoria e motivação do crime em Campinas (SP). Aos 20 anos, no momento em que ascendia no “funk ostentação” com músicas que colocavam a Zona Leste de São Paulo em evidência no mapa da música, o jovem teve a vida interrompida após ser baleado durante um show no CDHU San Martin.

A investigação percorreu quase 100 km entre a metrópole no interior paulista e a capital em busca de explicações sobre a morte do cantor negro que também retratava cotidianos da periferia em hits como “Mais amor, menos recalque”, além de experiências vistas nas quebradas, como “Mãe de traficante”.

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As suposições sobre crime passional, rixa na música com outro MC ou desavença por dinheiro convergiram no desfecho: a falta de provas sobre o homicídio de Daniel Pedreira Sena Pellegrini.

A perda sensibilizou nomes do funk e de outros ritmos, refletiu em atos com pedidos de justiça, além de milhões de cliques em vídeos do cantor na web que contribuem para ainda reverberar a memória.

Hipóteses e conclusão

A Polícia Civil em Campinas apurou quatro hipóteses sobre o assassinato nas investigações até abril de 2014. Naquele ano, em meio à troca de comando da instituição na região (Deinter-2), o caso foi transferido para o DHPP de São Paulo para apoio nos trabalhos e porque Daleste era da cidade.

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À época, o ex-diretor da instituição, Licurgo Nunes Costa, afirmou que o objetivo era “oxigenar as apurações” e ele admitiu que a equipe na capital contava com mais recursos. Porém, negou que a estrutura da polícia em Campinas naquele ano tenha contribuído para a decisão institucional. “Nós temos deficiência de pessoal e todo dia vocês [imprensa] falam, ninguém nega isso”, falou.

Teses da polícia

  • crime passional
  • rixa na música com outro MC
  • desavença por dinheiro com organizadores da festa
  • suposto envolvimento de crime organizado por conta de ‘taxa’

O inquérito do caso foi relatado pela Polícia Civil à Justiça em dezembro de 2015, reaberto em agosto do ano posterior, mas depois voltou a ser arquivado, também de forma inconclusiva, no mesmo ano.

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