Cotidiano em destaque
Crime sem solução: Assassinato de MC Daleste completa 10 anos sem respostas sobre autoria
O assassinato de MC Daleste completa dez anos nesta semana sem que as autoridades tenham obtido respostas sobre autoria e motivação do crime em Campinas (SP). Aos 20 anos, no momento em que ascendia no “funk ostentação” com músicas que colocavam a Zona Leste de São Paulo em evidência no mapa da música, o jovem teve a vida interrompida após ser baleado durante um show no CDHU San Martin.
A investigação percorreu quase 100 km entre a metrópole no interior paulista e a capital em busca de explicações sobre a morte do cantor negro que também retratava cotidianos da periferia em hits como “Mais amor, menos recalque”, além de experiências vistas nas quebradas, como “Mãe de traficante”.
As suposições sobre crime passional, rixa na música com outro MC ou desavença por dinheiro convergiram no desfecho: a falta de provas sobre o homicídio de Daniel Pedreira Sena Pellegrini.
A perda sensibilizou nomes do funk e de outros ritmos, refletiu em atos com pedidos de justiça, além de milhões de cliques em vídeos do cantor na web que contribuem para ainda reverberar a memória.
Hipóteses e conclusão
A Polícia Civil em Campinas apurou quatro hipóteses sobre o assassinato nas investigações até abril de 2014. Naquele ano, em meio à troca de comando da instituição na região (Deinter-2), o caso foi transferido para o DHPP de São Paulo para apoio nos trabalhos e porque Daleste era da cidade.
À época, o ex-diretor da instituição, Licurgo Nunes Costa, afirmou que o objetivo era “oxigenar as apurações” e ele admitiu que a equipe na capital contava com mais recursos. Porém, negou que a estrutura da polícia em Campinas naquele ano tenha contribuído para a decisão institucional. “Nós temos deficiência de pessoal e todo dia vocês [imprensa] falam, ninguém nega isso”, falou.
Teses da polícia
- crime passional
- rixa na música com outro MC
- desavença por dinheiro com organizadores da festa
- suposto envolvimento de crime organizado por conta de ‘taxa’
O inquérito do caso foi relatado pela Polícia Civil à Justiça em dezembro de 2015, reaberto em agosto do ano posterior, mas depois voltou a ser arquivado, também de forma inconclusiva, no mesmo ano.
Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820
- Palmas5 dias atrás
AGORA: dupla de criminosos morre durante confronto com policiais militares no setor Santa Fé, em Palmas
- Editorial5 dias atrás
Greve na UFT? Maioria dos professores aprovam paralisação durante assembleia nesta terça (23)
- Editorial5 dias atrás
DINHEIRO NA CONTA! Wanderlei Barbosa anuncia pagamento do piso da enfermagem e antecipação do salário dos servidores estaduais
- Editorial5 dias atrás
O caso das pedras de vesícula de boi: por que elas são consideradas mais valiosas do que ouro?
Deixe o seu Comentário