O boletim semanal divulgado nesta quinta-feira (8) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou um aumento significativo nas hospitalizações por influenza em várias regiões do Brasil, incluindo estados do Norte, Centro-Sul e Ceará. O levantamento mostra que jovens, adultos e idosos estão entre os mais afetados, enquanto crianças de até dois anos apresentam alta incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), principalmente ligada ao vírus sincicial respiratório (VSR).
De acordo com os dados do InfoGripe, embora haja um sinal de desaceleração no crescimento da SRAG por VSR em algumas regiões, como o Centro-Oeste, a taxa de incidência ainda permanece elevada. Esse mesmo comportamento foi notado em estados do Sudeste, Norte e Nordeste.
A pesquisadora Tatiana Portella explica que mesmo com a redução do avanço em crianças, a situação requer atenção: “Apesar desse sinal de interrupção do crescimento de SRAG por VSR, a incidência permanece elevada”, alertou.
Mortalidade entre idosos e recomendações
O boletim destacou ainda que, apesar da baixa incidência de SRAG causada por Sars-CoV-2 (Covid-19), este vírus permanece como a principal causa de mortalidade entre os idosos nas últimas semanas, seguido pela influenza A. Nos jovens e adultos, os casos continuam em crescimento, enquanto entre crianças de 2 a 14 anos há tendência de queda.
Tatiana Portella reforça a importância do uso de máscaras em locais fechados e unidades de saúde, além de recomendar isolamento domiciliar em caso de sintomas. “Pedimos às pessoas dos grupos que ainda não se vacinaram contra a influenza A que se vacinem o quanto antes”, afirmou.
Estados em alerta
Segundo o InfoGripe, 13 dos 27 estados brasileiros estão em nível de alerta, risco ou alto risco para incidência de SRAG, com tendência de crescimento a longo prazo. Entre eles estão Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
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