O Brasil já ultrapassou a marca de 10 mil casos de febre Oropouche em 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O número representa um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado e já se aproxima do total de casos registrados em todo o ano de 2024, quando foram contabilizadas 13 mil infecções.
O Espírito Santo lidera o ranking nacional, com mais de 6,1 mil casos, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba e Ceará. O país também contabiliza suas primeiras mortes oficialmente associadas à doença, um marco inédito desde que a febre passou a ser monitorada pelas autoridades sanitárias.
Apesar de o Ministério da Saúde informar apenas um óbito ainda em investigação, secretarias estaduais de Saúde confirmaram, até agora, quatro mortes: três no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo. Até o ano passado, não havia registro de mortes por febre Oropouche no Brasil.
Entenda o que é a febre Oropouche
A febre Oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos, com sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya. O vírus circula tanto em ambientes silvestres quanto urbanos, com dois principais vetores: o mosquito maruim (Culicoides paraensis) e, ocasionalmente, o pernilongo (Culex quinquefasciatus).
No ciclo silvestre, animais como bichos-preguiça e macacos servem como hospedeiros do vírus. Já no ciclo urbano, os humanos são os principais portadores, e a transmissão ocorre predominantemente por mosquitos presentes em áreas urbanas.
Sintomas, riscos e prevenção
Os sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náusea e diarreia. Em casos raros, podem surgir complicações mais graves, como meningite e encefalite, que afetam o sistema nervoso central.
Não há tratamento específico para a febre Oropouche. O protocolo recomendado é o mesmo adotado para outras arboviroses, como dengue: repouso, hidratação e acompanhamento médico para alívio dos sintomas.
As medidas preventivas também são semelhantes: eliminar criadouros de mosquitos, evitar água parada, utilizar repelentes e roupas que protejam a pele.
Números atualizados no Brasil
O levantamento do Ministério da Saúde contabiliza 10.076 casos até maio de 2025, contra 6.400 no mesmo período de 2024. Veja como está a distribuição dos casos no país:
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Espírito Santo: 6.123
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Rio de Janeiro: 1.900
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Minas Gerais: 682
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Paraíba: 640
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Ceará: 573
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Amapá: 80
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São Paulo: 36
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Santa Catarina: 9
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Paraná: 10
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Rondônia: 7
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Bahia: 5
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Tocantins: 5
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Mato Grosso do Sul: 1
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Pará: 1
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Pernambuco: 2
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Piauí: 1
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Roraima: 1
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